Guerrero foi titular diante do Joinville e foi substituído aos 29 minutos da etapa final (Foto: André Durão / GloboEsporte.com)

Um dos principais jogadores do Flamengo, o atacante Paolo Guerrero chegou arrasador no clube carioca e, depois de sofrer uma lesão que o deixou de fora de seis partidas, tenta retomar o condicionamento e a boa fase. Substituído aos 29 minutos do segundo tempo na vitória por 2 a 0 sobre o Joinville, o jogador foi elogiado pelo técnico Oswaldo de Oliveira, que também revelou a intenção de resguardá-lo e protegê-lo de possível pressão. Para o jornalistas Carlos Eduardo Mansur, do jornal O Globo, as cobranças são exageradas.

- Há um certo exagero na cobrança em cima do Guerreiro. Ele pode ser mais decisivo? Pode, na medida que o time vá amadurecendo na forma de jogar junto a ele. Às vezes, ele passa um período longo sem companhia, mas se você pegar os principais lances, ele faz tabela de cabeça, arma jogada de cabeça, segura a bola no ataque e cria o lance do gol de Ayrton, em uma jogada pessoal em que sofre a falta. Ele ainda é, disparadamente e sem discussão, o atacante melhor dotado tecnicamente do Flamengo - considerou, no "Redação SporTV".

O jornalista concorda com Oswaldo quando o treinador diz que Guerrero foi fundamental na vitória, apesar de não ter balançado as redes - Ayrton abriu o placar, aos 11 minutos da segunda etapa, e Gabriel ampliou, aos 34.

- O resultado é absolutamente coerente com o que foi o jogo, um domínio absoluto e massacrante em grande parte do jogo, em parte também pela capacidade do Guerrero de permitir que o time tenha volume. Você pode esperar números melhores em termos de um jogador mais decisivo, mas foram poucas as bolas que ele pegou para finalizar. É uma questão do time ir se adaptando a tê-lo como centroavante - disse.

O jornalista André Rizek, apresentador do "Redação", acredita que as cobranças são naturais por se tratar de um jogador que já mostrou que pode render mais, ainda que não esteja 100% após uma lesão de ligamento no tornozelo direito (o peruano atuou em 12 jogos do Brasileiro e anotou três gols).

- Não acho que haja exagero em cobrá-lo. Ele custou um bom dinheiro (R$ 18 milhões) e continua custando. A gente cobra não só de quem é caro, a gente cobra de quem a gente espera muito. Mesmo o Guerrero não tendo feito uma pré-temporada com o time, o que é muito mais difícil, acho natural cobrar o Guerrero - afirmou.

Com o resultado, o Flamengo chegou a 44 pontos e se manteve na briga pelo G-4. Com a pausa para as Eliminatórias, a equipe volta a jogar dia 14, contra o Figueirense, no Orlando Scarpelli.