Lojas do Flamengo empregam refugiados do Congo: ‘Cheguei só com a roupa do corpo’, diz um dos novos funcionários

17/10/2015 08:05

Lojas do Flamengo empregam refugiados do Congo: ‘Cheguei só com a roupa do corpo’, diz um dos novos funcionários

Lojas do Flamengo empregam refugiados do Congo: ‘Cheguei só com a roupa do corpo’, diz um dos novos funcionários
Presidente Eduardo Bandeira de Mello oficializa Fla Refugiados Foto: Gilvan de Souza/Flamengo

O Flamengo deu um passo importante para proteger o seu mais valioso bem: os torcedores. Uma ideia do clube resultou na contratação de dez refugiados congoleses, que trabalharão em filiais das lojas oficiais do Rubro-negro. Eles fazem parte da “Fla-Refugiados”, que recentemente foi oficializada.

Inicialmente, só havia cinco vagas para os refugiados que vieram do Congo, na África, mas as histórias de vida deles comoveram Marcelo Plaisant, diretor da empresa que faz a gestão das lojas oficiais do Flamengo.

Michel Mekumbundu, de 31 anos, foi um dos que passaram pelo processo seletivo, que incluiu uma prova sobre conhecimentos do Flamengo. No Rio há dois meses, ele fugiu da Guerra Civil que assola o país africano. Sem entender e falar o idioma, dormiu alguns dias em uma igreja até ser encaminhado a uma entidade social.

Em terras cariocas, a integração foi facilitada pelo amor ao Rubro-negro, que Mekumbundu garante vir desde os tempos que morava no Congo. Apesar da chance de trabalhar em uma loja do clube do coração e da garantia de dias menos apertados, as marcas da guerra estão vivas na memória do professor de matemática:

— Cheguei em São Paulo e uma pessoa me pagou um ônibus para o Rio. Nunca mais falei com meus pais, eu perdi tudo o que tinha.

A oferta de emprego foi um dos raros motivos que Miguel Mpanzdu teve para sorrir desde que escapou do caos. O instinto de sobrevivência fez o congolês embarcar clandestinamente em um navio cargueiro. Em direção ao Rio, deixou para trás três filhos e esposa, com quem não teve mais contato.

O destino incerto no embarque ofereceu a Mpanzdu, de 37 anos, um porto seguro na chegada: as cores vibrantes e as semelhanças com a torcida do Vita, seu clube do coração no Congo, fizeram do Flamengo o seu principal ponto de contato com a sua nova realidade.

— Nem sabia para onde estava vindo. Cheguei só com a roupa do corpo — disse.

Os novos funcionários serão homenageados em festa que reunirá todos colaboradores. Em tempos de guerra, o manto rubro-negro abre espaço para a bandeira branca.

978 visitas - Fonte: Extra Globo


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