Jogadores do Flamengo dão as mãos no último treino antes do jogo com o Magic (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)
Houve um tempo em que o Brasil apresentava risco para os Estados Unidos em um esporte no qual são dominantes. Wlamir e Amaury formavam uma dupla de respeito, Oscar carregava o apelido de Mão Santa, e o país contava com uma rainha chamada Hortência e uma mágica conhecida como Paula. Foram vitórias em campeonatos mundiais e exibições históricas em um período de Jogos Pan-Americanos de peso. Mas isso faz parte de um passado de glórias que o basquete não comporta mais. Neste sábado, às 18h (de Brasília), na Arena da Barra, pela pré-temporada da NBA, a liga americana de basquete, não serão as seleções nacionais em quadra, mas Flamengo e Orlando Magic os protagonistas de mais um encontro entre os países em mais um passo na busca pela recuperação da identidade brasileira na modalidade. O SporTV transmite ao vivo, e os assinantes do canal podem assistir pelo SporTV Play. O GloboEsporte.com acompanha todos os lances em tempo real.
Esse passado ainda serve como representatividade brasileira diante de americanos que não entendem um país com a capacidade de gerar jogadores do gabarito de Nenê, Tiago Splitter, Anderson Varejão e Leandrinho ser incapaz de transformar esses produtos em um time com resultados importantes em competições internacionais. Times que demonstram fragilidade no confronto com adversários da NBA em uma época na qual os europeus já conseguem vitórias no mesmo tipo de jogo.
O Flamengo tentará. Será o sétimo jogo entre um time brasileiro contra um da NBA. O próprio clube carioca teve três oportunidades no ano passado, jogando nos Estados Unidos, e sofreu três derrotas. Em 1999, em Milão, o Vasco perdeu a final de um torneio internacional para o San Antonio Spurs e ,este ano, o Bauru foi derrotado duas vezes na pré-temporada da liga em solo americano.
Tobias Harris (Foto: Alexandre Loureiro/inovafoto)
- A maior diferença que a gente sente é pela estrutura que eles têm na formação de atletas. Quem chega na NBA está super bem preparado tecnicamente, com controle do corpo, tudo bem feito em relação a um atleta. Isso acontece pela política de esporte absurda e o número de atletas. Aqui, ainda estamos correndo contra isso e precisamos usar como exemplo para ter o esporte cada vez mais forte - afirmou Marcelinho Machado, jogador mais experiente do confronto, com 40 anos de idade.
Será a primeira vez que esse encontro acontece no Brasil. Mais um ingrediente que faz o Flamengo sonhar com uma vitória histórica, mesmo que os americanos estejam em uma fase de preparação, mais preocupados com testes e cortando nomes para chegar ao elenco de 15 para a temporada regular da NBA. Os próprios jogadores do Orlando Magic, um dos adversários do clube carioca na temporada passada, reconheceram esse fator como uma novidade e ainda não sabem como vão reagir a isso.
- Vai ser um grande jogo. Enfrentamos o Flamengo no ano passado e sabemos o que podem fazer. Será divertido, em um outro local, estamos felizes por estarmos aqui. O confronto diante dos torcedores é diferente, mas temos que jogar do nosso jeito, repetindo tudo que trabalhamos até agora - comentou Tobias Harris, um dos principais jogadores do Magic.
Serão 15 mil torcedores na Arena da Barra com a expectativa de participar de um momento histórico para o basquete brasileiro. O Flamengo conta com eles, os reforços contratados (Rafael Luz, JP Batista, Jason Robinson, Rafael Mineiro e Tiagão) e uma história vitoriosa do país para ser o protagonista da vez.
Equipe do Orlando Magic posa para foto oficial com o Pão de Açúcar ao fundo (Foto: Reprodução / Twitter)
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