O Flamengo desandou no momento de definição para o Campeonato Brasileiro. Depois de uma arrancada com seis vitórias consecutivas e duas rodadas de permanência no G-4, o Rubro-negro se perdeu e venceu apenas uma vez nos últimos seis compromissos. A queda para o 10º lugar na tabela - 44 pontos - desanimou a torcida e transformou os badalados Guerrero e Sheik em alvos.

A dupla foi exaltada na chegada pelo clube da Gávea e agradou nas primeiras apresentações. Paolo marcou quatro gols em 14 jogos, enquanto Emerson disputou 21 partidas e balançou as redes cinco vezes. O problema é que o rendimento caiu quando a torcida mais esperava do time. O ataque parou de brilhar.

Guerrero e Sheik não costumam jogar mal. Porém, o futebol apresentado pelos dois está bem abaixo do padrão esperado. Tanto que eles já experimentaram as vaias no Maracanã. Os rubro-negros mostraram que não perdoam o elenco pela campanha irregular no Brasileirão.

Paolo Guerrero já havia sofrido na vitória por 2 a 0 sobre o Joinville. Sheik também experimentou a revolta da torcida ao ser substituído no revés por 1 a 0 para o Internacional. A dupla não esconde o incômodo com a má fase e trata-se do espelho de um elenco aparentemente desanimado.

A torcida tirou de cena o amor e a euforia pelos dois em 2015. Não se esperava que Guerrero e Sheik fizessem parte da lista dos jogadores vaiados no Flamengo. Mas é o que se tem visto em um Rubro-negro inconstante e que jamais passou confiança no Campeonato Brasileiro.

"Já vi o Pará ser vaiado, Guerrero, Márcio Araújo... A descrença da torcida é muito volátil. É claro que quando você perde a reação natural é o descrédito, a cobrança. Isso é natural. Mas a torcida do Flamengo tem sido muito fiel e nos ajuda bastante", encerrou o técnico Oswaldo de Oliveira.