A Federação de Futebol do Rio (Ferj) já trabalha com a possibilidade de acionar a Justiça ou a Fifa, com maior chance para a segunda opção, para tentar barrar a realização da Liga Sul-Minas-Rio, ou Primeira Liga, caso seu pedido de filiação seja aprovado na assembleia geral que acontece na tarde desta terça-feira na sede da CBF. A votação foi convocada a partir de um ofício de cinco páginas enviado por Rubens Lopes a Marco Polo del Nero sustentando a ilegalidade da competição e da alteração no calendário oficial já divulgado pela entidade. Para aprovação, a Liga precisa de maioria simples, mas também considera qualquer resultado na votação desta terça sem validade.

A tabela da competição foi divulgada nesta segunda-feira e, na sexta, após a reunião da Liga realizada em Belo Horizonte, na sede do Cruzeiro, Alexandre Kalil, diretor-executivo da Liga, afirmou que seria enviado um ofício à CBF sustentando que a assembleia é ilegal por não ter representação de clubes. A entidade já confirmou ter recebido o ofício nesta terça. A Liga agora aguarda o resultado da assembleia qual posição tomará, mas avalia que o resultado da votação não tem eficácia. Além da Ferj, a Federação Paulista de Futebol (FPF) também se mostrou contrária à realização da Liga.

Cláudio Mansur, vice-presidente jurídico da Ferj, explicou a posição da entidade:

- Se a CBF aceitar algo que ela não pode, porque isso ela não pode assinar, alguma medida tem de ser tomada no campo do Direito. Só não posso especificar, até porque não acredito em hipótese alguma que passe uma coisa dessas.

Questionado se o primeiro passo seria Fifa ou Justiça comum, ele afirmou que isso ainda está sendo analisado:

- Temos de avaliar o sentimento geral se a gente entrasse direto na Justiça comum, abrindo mão da Fifa, porque a Fifa não permite uma coisa dessa em hipótese alguma. A Justiça comum tem a possibilidade de uma liminar, porque ninguém pode respaldar isso. Por isso que temos de pensar muito bem onde vamos atuar. Uma das duas, com certeza.