Gilvan de Souza/ Flamengo

Oswaldo de Oliveira terá de provar que pode comandar o Flamengo em 2016. O trabalho do técnico divide a diretoria comandada pelo presidente Eduardo Bandeira de Mello e só um bom desempenho nas últimas seis rodadas do Campeonato Brasileiro deve mantê-lo na Gávea.

O treinador tem um fantasma considerável para driblar na reta final de 2015. Trata-se do desejo de alguns integrantes do Conselho Diretor em contratar um técnico estrangeiro para dirigir o time e reformular o departamento de futebol na próxima temporada.

Parte da diretoria considera que Oswaldo perdeu o comando durante a queda de rendimento da equipe e não o considera capaz de reorganizar o elenco para o novo ano. Já o presidente Bandeira de Mello ainda defende a permanência para que o profissional tenha tempo de implantar a filosofia de trabalho.

Mas as informações de bastidores apontam que Oswaldo de Oliveira só terá chances de seguir no Flamengo com bons resultados até o final do Brasileirão. Nomes como os dos argentinos Marcelo Bielsa e Alejandro Sabella, além do uruguaio Diego Aguirre, são considerados modelos em torno do que os cartolas rubro-negros pretendem implantar. Contar com um deles é cada vez mais o sonho da administração.

Parece definido nos turbulentos corredores da Gávea. Se Oswaldo de Oliveira deixar o cargo, o Flamengo moverá todos os esforços para concretizar o antigo desejo. É desta forma que se projeta 2016.

Presidente banca Oswaldo

Presente em evento de lançamento do "Pacto pelo Esporte", em São Paulo, nesta quarta-feira (28), Eduardo Bandeira de Mello rechaçou possibilidade de saída do comandante contratado em agosto de 2015.

"Não tem nada disso. Oswaldo é o treinador do Flamengo e estou satisfeito com o trabalho dele. Seria um absurdo, uma insanidade falar em troca de técnico a essa altura do campeonato. Não pensamos em estrangeiro e nem em brasileiro", disse.

"Desde julho o Flamengo vem planejando 2016, e ele está participando de todas as etapas desse planejamento. Nossa intenção é que ele fique para o ano que vem", acrescentou.