A liminar concedida ao Flamengo na última quarta-feira, na qual os pontos da partida contra o Duque de Caxias foram suspensos, deixou aberta a situação da Taça Rio (o Rubro-Negro ainda teria chances de classificação se ganhar os pontos). Quem tomou a decisão em benefício do Fla foi o presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ), José Fernandes Teixeira, motivado por uma suposta irregularidade no jogo (interferência externa).

No lance, o árbitro Pathrice Maia voltou atrás após validar um gol do rubro-negro Hernane. O jogador estava impedido, mas o árbitro teria recebido a informação da irregularidade a partir de alguém fora do campo, fato que gerou toda polêmica.

Curiosamente, o mesmo José Fernandes Teixeira tem em seu histórico uma outra decisão beneficiando o Flamengo. Tudo aconteceu no confuso jogo do Rubro-Negro contra o Ceará, válido pela Copa do Brasil de 2011. Na ocasião, o empate em 2 a 2 eliminou o Flamengo. O resultado dessa partida foi a acusação de comportamento indevido do então técnico Vanderlei Luxemburgo e do goleiro Felipe, além da expulsão do zagueiro Ronaldo Angelim.

O primeiro disse que sofria perseguição por parte da Comissão Nacional de Arbitragem, questionando a atuação do presidente da Conaf e do árbitro da partida, Sando Meira Ricci. Também o goleiro Felipe ofendeu o juiz, dizendo que "ele deveria vestir a camisa do Ceará".

No fim, todos foram absolvidos no julgamento sendo que, ao proferir seu voto, o auditor José Teixeira Fernandes - ele mesmo, o atual presidente do TJD-RJ -, declarou abertamente: "Não existe um rubro-negro maior do que eu, pode existir até igual, mas maior não". O alerta foi dado pelo blog "Ideias sem ponto". Até o momento, nenhum clube carioca e nem mesmo a Federação de Futebol do Rio de Janeiro se manifestaram a respeito.