Fundado em 1892, o Liverpool teve em toda a sua história de 123 anos apenas 21 treinadores. O inglês, hoje sob o comando do alemão Jürgen Klopp, desde o mês passado, vive uma realidade bem diferente dos clubes brasileiros. Usando o número de técnicos como comparação, fica clara a disparidade.

O Vasco é o campeão de trocas e teve 21 treinadores em apenas oito anos e um mês. Desde outubro de 2007, quando Valdir Espinosa foi apresentado, até hoje, com Jorginho no comando, foram 21 técnicos. Celso Roth e Dorival Júnior, além do interino Gaúcho, passaram duas vezes pelo clube. As mudanças aconteceram em oito anos e um mês, o que siginifica que cada treinador fica apenas quatro meses e 18 dias, em média, em São Januário.

No segundo lugar de impaciência está outro carioca, o Fluminense. Somente em 2015, são quatro técnicos: Cristóvão Borges, Ricardo Drubscky, Enderson Moreira e o atual, Eduardo Baptista. Os 21 treinadores passaram pelas Laranjeiras em nove anos e 10 meses, desde que Ivo Wortmann assumiu em janeiro de 2006. Cada um, em média, passou cinco meses e 18 dias à frente da equipe.

A terceira posição é do Flamengo. Os 21 treinadores passaram pelo clube em 10 anos e um mês. Cada um teve cinco meses e 22 dias para trabalhar. Joel Santana, apresentado em outubro de 2005, contou com três passagens pela Gávea neste período. Em 2015, foram Vanderlei Luxemburgo, Cristóvão Borges e Oswaldo de Oliveira.

Na outra ponta da tabela, no Brasil, está o São Paulo. Descontando as passagens dos interinos (só Milton Cruz assumiu a equipe nove vezes), o Tricolor teve 21 técnicos em 17 anos, desde que Nelsinho Baptista substituiu Dario Pereyra, em fevereiro de 1998. Cada treinador teve 10 meses e 21 dias, em média, à frente do time. Embora muito longe do Liverpool, o clube do Morumbi tem grande vantagem sobre Cruzeiro e Corinthians, que vêm logo atrás (veja a tabela ao lado).