O meia Walter Montillo não poupou sinceridade em entrevista concedida ao Lance. Atualmente jogando no Shandong Luneng, da China, o jogador teve passagens por Cruzeiro e Santos, no Brasil, além de ser um "namoro antigo" do Flamengo em toda janela de transferências.

Durante o papo que teve com reportagem mencionada, o hermano mostrou guardar mágoas do presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, que declarou por diversas vezes na época que Montillo teria forçado sua saída da Raposa para reforçar o Peixe. Algo que o atleta fez questão de lembrar e refutar:

"É fácil falar, é muito fácil falar com a imprensa. Meu pensamento é se ele queria que eu ficasse, tinha que fazer eu ficar. Estou trabalhando e vou procurar o melhor para a minha família. Ele saiu falando coisa da minha família. Cada um é como é. O Santos me levou e o Cruzeiro trouxe quantos jogadores para ser campeão? Não tinha dinheiro para contratar, o único que dava para vender era eu. Quando as coisas deram certo para ele, me afundar com a torcida deu certo. Nunca ouvi ele falar que a minha venda trouxe muito dinheiro, que o Cruzeiro está muito melhor agora", afirmou.

Se olhando para o que ele deixou para trás no Brasil o sentimento não é dos melhores, ele também, por outro lado, demonstrou que seu futuro não é muito promissor no que diz respeito a um possível retorno para o futebol tupiniquim. O Flamengo chegou a tentar a contratação, sem sucesso, como contou:

"No começo do ano, tinha a possibilidade de sair para o Flamengo, mas virou novela de dois meses. Todo mundo no Rio falando que eu queria ir, que o clube não deixou. Sei que tenho aqui mais um ano de contrato. Eu não vou ficar falando com vontade de voltar. Qualquer título que você coloque, vou me dar mal. Qualquer clube que me queira, tem que viajar aqui e falar com os chineses", esclareceu Montillo.

Ao final, perguntado sobre qual será o seu próximo clube depois de deixar o futebol chinês, Montillo foi taxativo:

"Universidad de Chile. Se tenho que cumprir meu contrato aqui, vou voltar para o Chile. Já sei o que vou fazer. Vou estar com 32 anos, é uma coisa que sempre falei com a família, que ia acontecer, não posso mudar. A torcida tem carinho muito grande comigo, vou tentar devolver esse carinho. No começo da história do Santino (seu filho, que passou por problemas de saúde), foram eles que estavam do meu lado. Quero devolver o carinho, voltar e ajudar o time. Minha realidade é essa", encerrou.