Wallace, ao centro, crê em evolução estrutural no clube apesar de ano sem títulos (Foto:Gilvan de Souza/Flamengo)

O zagueiro Wallace é tido como uma referência no Flamengo. Carregando a faixa de capitão, que simboliza a liderança no elenco, ele dificilmente foge às perguntas e algumas de suas respostas são consideradas polêmicas. Escolhido para conceder coletiva após o treino desta quarta, o jogador admitiu que o clube vive um clima melancólico com o fato de não ter mais chances de conquistar uma vaga na próxima Copa Libertadores.

As possibilidades, que já eram remotas, deixaram de existir após o empate por 1 a 1 com a Ponte Preta, no domingo passado, em jogo disputado em Brasília (DF). Revelado pelo hexacampeão Corinthians, Wallace atravessa seu primeiro ano sem conquistas na carreira.

“O clima que existe hoje no Flamengo é realmente melancólico. O Flamengo, pelo que representa, não pode vir terminando os Brasileiros da maneira como vem terminando. É algo lamentável, desmotivante. Na minha carreira, por exemplo, é o primeiro ano que passo sem conquistar um título relevante”, contou o defensor, que apesar dos altos e baixos, defende a permanência de Oswaldo de Oliveira para 2016.

Apesar de não se esquivar das perguntas mais picantes, Wallace admitiu não ter resposta para o rendimento inconstante do time ao longo da temporada. O zagueiro lembrou que o Rubro-Negro teve um bom início no Campeonato Carioca, mas desandou após perder o título estadual para o Botafogo.

“Sinceramente não sei o que houve. Temos uma boa equipe, mas ela não deu liga. Não estou querendo criticar ninguém com essa frase e nem ficar apontando o dedo. O futebol é resultado e quando ele não acontece a confiança também vai embora. Sequer fomos para a final do Campeonato Carioca e o ano, que seria promissor, se tornou o mais tenso desde que estou aqui”, reconheceu.

Sem comentar sobre as eleições presidenciais do clube, marcadas para dia 7 de dezembro – um dia depois do término do Brasileirão -, Wallace notou evolução em termos estruturais apesar dos resultados regulares da temporada.“O Flamengo se tornou uma referência e hoje todo mundo quer vir jogar aqui. O clube tem credibilidade e readquiriu seu respeito. Logicamente que estou falando em estrutura, pois como instituição e clube o Flamengo nunca deixou de ser respeitado “, falou.

Dentro de campo, o elenco trabalhou a questão física e o aspecto técnico após dois dias de folga. Alguns titulares, como o lateral esquerdo Jorge e os atacantes Emerson Sheik e Paolo Guerrero ficaram reforçando a musculatura na academia. O Flamengo volta a campo no domingo, às 19h30 (de Brasília), quando visita o Atlético-PR na Arena da Baixada, pela penúltima rodada. O time ainda tem um compromisso por cumprir no dia 6 de dezembro, quando se despede da temporada recebendo o Palmeiras no Rio de Janeiro.