07.dez.2015 Presidente reeleito, Bandeira de Mello também distribuiu chocolates. "O que está bom merece bis", diziam seus partidários Pedro Ivo Almeida/UOL

Pautada por muitas críticas, xingamentos, acusações de traição e confusões com trocas de empurrões, a corrida eleitoral do Flamengo chegou ao fim na última segunda-feira – quando Bandeira de Mello foi eleito para mais um triênio à frente do clube. E justamente o "grande dia" da votação acabou sendo o mais tranquilo das disputas entre as chapas azul, verde e branca.

Apesar de toda rivalidade, Bandeira, Wallim Vasconcellos, Cacau Cotta e seus correligionários conviveram em harmonia durante as mais de 12 horas de votação na Gávea. A única polêmica ocorreu logo no início da manhã, quando um fiscal da Chapa Verde solicitou o RG de um eleitor da Chapa Azul – procedimento dispensável no pleito. Os ânimos se exaltaram, mas logo tudo foi normalizado. E foi só.

Disputa mesmo só na hora de saber qual chapa distribuía mais chocolates aos sócios que chegavam para votar. Os grupos de Bandeira de Mello e Cacau Cotta ofereciam tal cortesia.

A chapa do atual presidente usava o nome de um famoso doce para pedir a reeleição. "O que está bom merece bis", repetiam os partidários de Bandeira. Já Cacau utilizava o chocolate de marca que tem o mesmo nome do candidato da Chapa Branca.

"Não sei se ganha eleição, mas é algo legal. Todo mundo para, aceita, comenta. Você reforça o vínculo. Está bacana", disse Bruna, uma das promotoras que distribuía os doces.

Ex-presidentes se dividem
Além dos doces e do clima tranquilo, outro destaque foi a presença maciça de ex-presidentes do clube. George Helal, Luiz Augusto Veloso, Márcio Braga, Kleber Leite, Gilberto Cardoso Filho, Hélio Ferraz, Patrícia Amorim e Antônio Augusto Dunshee de Abrantes compareceram ao ginásio Hélio Maurício.

Na opção dos votos, uma divisão: enquanto os cinco primeiros apoiaram Bandeira, Helinho votou em Wallim, Patricia anulou e Dunshee não revelou sua preferência.

O cenário representa uma novidade para Bandeira de Mello e a Chapa Azul, que não tiveram apoio tão intenso dos ex-mandatários na primeira eleição – 2012.?