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Com a vitória de Eduardo Bandeira de Mello nas urnas do Flamengo, o técnico Muricy Ramalho acabou confirmado como novo treinador da equipe. "Pior" para o argentino Jorge Sampaoli, que ficou sem um contrato que lhe garantia US$ 15 milhões, ou R$ 56 milhões.

Conforme apuração do ESPN.com.br, o acerto entre o representante da Chapa Verde, Wallim Vasconcellos,o ex-zagueiro e atualmente agente Gélson Baresi, e também Sampaoli, assegurava um acordo de três anos, sendo 5 milhões de dólares por temporada.

A quantia foi exigida por Sampaoli desde o começo das negociações, e aceita pelos representantes da oposição rubro-negra, que apostavam no nome do técnico campeão da Copa América como principal trunfo nas eleições do Flamengo.

O acordo garantia 400 mil dólares por mês a Sampaoli, que por causa da recente cotação da moeda americana se comparada à brasileira lhe renderia R$ 1,6 milhão a cada 30 dias. Tudo isso sem contar as premiações por títulos e metas atingidas. O argentino deixaria a seleção chilena.

O combinado era que o acordo só entraria em vigor com a vitória da oposição nas urnas, o que acabou não ocorrendo. A vitória de Bandeira de Mello - que havia acertado com Muricy - foi expressiva, quase o dobro do vice. Foram 1652 votos, contra 834 de Wallim e 259 de Cacau.

Com isso, Muricy Ramalho será apresentado nesta terça-feira, com uma remuneração bem mais "modesta" que a do argentino. Segundo apurou a reportagem, no Inter, comenta-se que o treinador queria cerca de R$ 900 mil para treinar a equipe colorada no ano que vem, que aceitava pagar R$ 650 mil.

Muricy, no entanto, fechou com o Flamengo, mesmo "com quatro propostas fortes", segundo ele. "Não foi o melhor salário, foi o desafio. Tinha quatro propostas fortes, mas chegou o momento em que eu pude escolher", explicou o técnico, sobre o acerto com o time rubro-negro.

O Atlético-MG havia sido outro time que fez uma proposta salarial maior do que a do Fla a Muricy, que no entanto optou pela Gávea.