Everton, Alan Patrick, Paulinho, Pará e Marcelo Cirino foram afastados e multados pela diretoria do Flamengo após festa com mulheres e bebidas. Divulgação/ Flamengo

O Flamengo terminou de forma melancólica a temporada de 2015. Eliminado pelo rival Vasco na semifinal do Campeonato Carioca e nas oitavas de final da Copa do Brasil, o Rubro-negro ainda somou ao currículo a modesta 12ª posição no Campeonato Brasileiro. Foram 49 pontos conquistados e o impressionante número de 19 derrotas em 38 rodadas. Houve ainda 15 vitórias e quatro empates.

Sem títulos e pressionado pelas cobranças da torcida, o Flamengo já projeta 2016 sob o comando do técnico Muricy Ramalho. Os erros no ano que se encerra incomodaram bastante e o trabalho é para que não se repitam. O UOL Esporte fez uma lista dos principais equívocos do Rubro-negro na temporada. Falhas que tiraram o sono dos torcedores.

1 - A 'zaga peneira'

O sistema defensivo do Flamengo foi o maior pesadelo da torcida no ano. O time não acertou o posicionamento e os zagueiros falharam com frequência. A bola área virou um "Deus nos acuda" e a insegurança dos goleiros também comprometeu a performance. Só no Campeonato Brasileiro, o Rubro-negro sofreu 53 gols - a terceira defesa mais vazada da competição. Os zagueiros Wallace, Samir, Marcelo e César Martins encerraram o ano em baixa e perseguidos pelos torcedores.

2 - O 'Bonde da Stella'

Everton, Marcelo Cirino, Pará e Paulinho sempre foram vigiados de perto pela torcida a partir do momento em que fotos de festas passaram a circular nas redes sociais. Em uma delas, o quarteto, junto do lateral Anderson Pico, tirou uma selfie segurando garrafas da marca de cerveja Stella Artois. A partir daí, os jogadores foram apelidados de 'Bonde da Stella'. Algum tempo após esse episódio, os quatro jogadores e o meia Alan Patrick se envolveram em nova polêmica, ao participarem de um evento regado a cerveja após o treino. Isto foi o estopim para o afastamento e a multa dos jogadores no fim de outubro. O apelido 'Bonde da Stella' ganhou ainda mais força e o quinteto foi o retrato de um Flamengo irregular e por vezes descompromissado.

3 - A contratação de Armero

Contratado para ser o titular da lateral esquerda, o colombiano foi a imagem da decepção no Flamengo. Com salário de R$ 180 mil, o jogador pouco entrou em campo - cinco partidas - e colecionou lesões. Armero passou a maior parte do tempo no departamento médico e virou reserva do jovem Jorge. O colombiano deixou o clube pela porta dos fundos e terminou visto como um exemplo de investimento que o Rubro-negro precisa evitar no departamento de futebol.

4 - Pane em decisões

Os resultados ruins do Flamengo na temporada estão diretamente ligados ao processo de pane que o time entrou nas decisões. Os exemplos foram os clássicos contra o Vasco, principalmente na semifinal do Campeonato Carioca e nas oitavas de final da Copa do Brasil. O Rubro-negro esteve longe de apresentar o que a torcida esperava e terminou facilmente batido pelo rival. O nervosismo esteve presente em faltas desnecessárias que resultaram em advertências e expulsões.

5 - Quatro técnicos

A diretoria rubro-negra não se mostrou convicta nas escolhas dos comandantes em 2015. Vanderlei Luxemburgo, Cristóvão Borges e Oswaldo de Oliveira passaram pelo posto. O time terminou o ano com o interino Jayme de Almeida na função e acertou com Muricy Ramalho. As críticas de que o clube escolhe os treinadores apenas pela disponibilidade no mercado e sem um projeto elaborado deram o tom no Brasileiro. Agora, com o novo técnico, os dirigentes pensam em fazer diferente.

6 - Problemas com Guerrero e Ederson

As duas principais contratações da temporada sofreram para desempenhar o melhor papel no Flamengo. Curiosamente, Guerrero e Ederson foram vítimas de lesões que comprometeram 2015. Ambos tiveram um bom início com a camisa rubro-negra, mas terminaram o ano em baixa e se transformaram em pontos de interrogação. Ainda assim, a dupla é vista nos bastidores como fundamental e faz parte da base de um time que pretende se apresentar totalmente diferente em 2016.