A situação de Paolo Guerrero no Flamengo é um tanto quanto paradoxa. Ao mesmo tempo em que todos no clube consideram que a contratação foi um fracasso até aqui (apenas quatro gols desde julho), é consenso também que o peruano é o maior nome ainda do plantel.

Dessa forma, sobretudo com a vinda recente de Muricy Ramalho, a ideia inicial é manter o camisa 9. Muito se especulou sobre uma venda astronômica para o futebol chinês ou até mesmo uma troca entre jogadores com o Internacional. Mas, a despeito de todo o custo elevado de seus vencimentos, a diretoria rubro-negra preferiu por sua permanência.

O diretor-executivo do clube, Rodrigo Caetano, conversou com o SporTV e deixou clara a posição do Fla, principalmente no que diz respeito à ofensiva chinesa:

"Eu, particularmente, torço muito para que eles não cheguem na multa. Uma coisa que é fato é que ele só sai do Flamengo pela multa, que hoje é de US$ 20 milhões (aproximadamente R$ 80 milhões). Foi muito desgastante a vinda dele para cá. Foi muito difícil. Tivemos que convencer ele de que o Flamengo seria o melhor caminho para ele naquele momento. Ele entendeu, aceitou. Se temos um jogador de ponta, que foi duas vezes seguidas artilheiro da Copa América, passou 11 anos na Europa, em apenas dois clubes, não ficou pingando de clube em clube. Isso é um fato positivo. E ele está no Flamengo", afirmou para depois concluir:

"Como executivo, não quero perdê-lo. Se o Flamengo vende, coloca esse dinheiro para dentro do caixa, vai adquirir quem do nível dele para essa posição? Mesmo com todo esse dinheiro? Não sei", avaliou.

O jogador está de férias no Peru e, por ora, retorna à Gávea junto com o restante do grupo para trabalhar em janeiro