A ameaça de boicote ao São Paulo pelas denúncias de aliciamento em contratações de jogadores sub-17 se confirmou e, nesta quarta-feira, diversos clubes firmaram o veto ao Tricolor para a Copa 2 de Julho, que acontecerá na Bahia, entre os dias 1 e 13 de julho. A ameaça é que, se o São Paulo participar, nenhum outro clube se apresentará no torneio.

As denúncias ao São Paulo começaram após o descumprimento de um código de ética firmado entre os 20 clubes da Série A e os 20 clubes da Série B, ainda no ano passado. O pacto era para que não houvesse contratação de jogadores por conta da brecha na Lei Pelé, que permite a assinatura com menores de 17 anos que pertencem a outros clubes. Desde então, o São Paulo contratou dois atletas da Ponte Preta, dois do Grêmio Prudente e um do Corinthians.

O caso do lateral-direito Foguete, que saiu do Vasco por salários atrasados, é enquadrado como nestes casos, mas visto de forma diferente pelo São Paulo. O clube carioca, no entanto, mantém que o São Paulo aliciou o jogador antes da rescisão de contrato, e briga por pelo menos uma compensação.

O Corinthians adere ao veto ao clube do Morumbi no torneio por considerar que o rival tem aliciado os jogadores e desrespeitado o código de ética estabelecido entre os gestores.

O São Paulo não se manifestou sobre a confirmação do boicote até a noite de ontem, e nem deu resposta aos clubes denunciantes. Antes da oficialização, o diretor de futebol Adalberto Baptista – que agora agrega também a diretoria de base – deu entrevista coletiva para tratar do tema e negou as acusações, dizendo que o São Paulo age dentro da lei.