Caetano associa ano ruim do Fla ao CT inadequado e se anima com melhorias

25/12/2015 12:58

Caetano associa ano ruim do Fla ao CT inadequado e se anima com melhorias

Diretor de futebol, que renovou até 2018, faz análise da temporada e garante se sentir prestigiado em meio ao Conselho Gestor. "O executivo nunca busca poder", afirma

Caetano associa ano ruim do Fla ao CT inadequado e se anima com melhorias
Rodrigo Caetano chegou ao Fla para o ano de 2015 (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)


É inegável que o 2015 do Flamengo no futebol foi muito frustrante. É inegável também que o centro de treinamento, o Ninho do Urubu, está bem abaixo do ideal. Para o diretor executivo de futebol do Rubro-Negro, Rodrigo Caetano, uma coisa tem a ver com a outra.

O dirigente, que acaba de renovar contrato com o clube por três anos, por outro lado está animado com as melhorias que estão sendo feitas no local. A promessa é que a estrutura do futebol profissional fique pronta em outubro - a da base, somente ao fim de 2018. Mas, já para quando o grupo voltar da pré-temporada, estarão finalizadas obras emergenciais que elevarão as condições de trabalho da equipe principal.

- A irregularidade que tivemos se deve ao fato muitas vezes de que alguns atletas, mesmo que de qualidade técnica reconhecida, não tiveram talvez a melhor condição para evoluir aqui. E olha que nós temos a maior torcida do país, temos um clube hoje saneado financeiramente. Acho que a ponta que falta agora é justamente essa questão da melhoria da tecnologia, da infraestrutura - disse, sem citar nomes como Guerrero e Ederson, por exemplo, que passaram bom tempo no departamento médico.

Nesta entrevista ao GloboEsporte.com, Rodrigo Caetano analisou a temporada do Flamengo. Falou também do modelo de atuação do Conselho Gestor, que decide em conjunto - ele garantiu que não se sente desprestigiado. E ainda sobre detalhes do futuro próximo, como a parceria com a Exos, empresa americana especializada em performance de atletas, e o planejamento de contratar um novo gerente de futebol e ter um elenco a princípio com até 38 jogadores.

A seguir, veja a entrevista completa e por tópicos:
Renovação de contrato por três anos


O primeiro ano de trabalho, principalmente quando você muda de clube, é para conhecer o novo clube, as pessoas, as características, as peculiaridades. Ainda mais de um clube gigante como é o Flamengo, com essa nação imensa por trás. E nós, na verdade, focamos muito mais nas questões administrativas, como reduzir o elenco, desonerar a folha. Conseguimos a economia de praticamente R$ 8,5 milhões no ano, recolocamos atletas, tentamos participar desse planejamento de melhoria da infraestrutura também, dos processos. Acredito que qualificamos a equipe, por mais que os resultados não tenham demonstrado isso, e tudo isso, no nosso entendimento, faz com que projetemos coisas melhores no futuro. O processo contínuo de melhoria da equipe é obrigação nossa, mas não é apenas isso. Nós temos que melhorar uma série de situações que nos permita realmente nos aproximarmos de conquistas. E isso o Flamengo, acho que por todas as conversas e reuniões que tivemos, admite que tem que ter um investimento, tem que haver uma melhoria nesse sentido. Realmente nos motiva a imaginar que o Flamengo, num futuro muito próximo, vai ser detentor de uma infraestrutura com a qual os atletas que venham pra cá, sejam de ponta ou até mesmo apostas, vão conseguir aumentar sua performance.

Por que 2015 foi tão ruim?

A irregularidade que tivemos se deve ao fato muitas vezes de que alguns atletas, mesmo que de qualidade técnica reconhecida, não tiveram talvez a melhor condição para evoluir aqui. E olha que nós temos a maior torcida do país, temos um clube hoje saneado financeiramente. Acho que a ponta que falta agora é justamente essa questão da melhoria da tecnologia, da infraestrutura. Quando a gente fala em infraestrutura física, ela passa por tecnologia, equipamentos, e tudo isso que o Flamengo está adquirindo agora. Para quê? Senão, nós vamos estar contratando jogadores qualificados que chegam ao Flamengo e acabam tendo uma queda de rendimento e muitas vezes são até contestados, o que é um absurdo. Então, temos que ter a capacidade de reunir atletas de qualidade técnica reconhecida, algumas apostas, jogadores da base, e mesclar tudo isso. A partir de agora o Flamengo vai fornecer uma boa condição. Os salários estão em dia já faz um longo tempo. Vamos transformar tudo isso, unir todas essas áreas, e aí sim se transformar também num time forte dentro de campo.

Questão estrutural pesou negativamente?

Hoje, para uma equipe ter regularidade, você tem que ter um investimento muito pesado na questão da infraestrutura, para que você tenha a prevenção e a recuperação de atletas. Se você for observar equipes que se mantiveram na parte de cima da tabela, invariavelmente foram as equipes que conseguiram disponibilizar isso da melhor forma. Para manter a regularidade em 38 rodadas, você tem que ter um nível de recuperação, de prevenção de lesões, e isso passa realmente por ter essa condição para os seus atletas. Se não tiver, em algum momento vai falhar, em algum momento você vai ter queda de rendimento. E o Campeonato Brasileiro, no qual nos baseamos, não permite isso.

Centro de Excelência e Performance

O Dr. Márcio Tannure está liderando esse processo, nós já temos aí vários parceiros nesse projeto. Na questão dos equipamentos nós já temos quase todos. Não vamos perder em nada para nenhum grande clube do futebol brasileiro a nível de equipamento. Na questão da infraestrutura o CT hoje já está em obras, mesmo que seja na antiga área que era transitória ou temporária, o que não invalida, muito pelo contrário. A nossa infraestrutura que será definitiva segue com seu cronograma. Mas, como nós tínhamos uma necessidade emergencial, nós fizemos um projeto que em 60 dias o departamento de patrimônio vai entregar ao futebol. Dentro dessa área, já vai ter o nosso Centro de Excelência e Performance, que vai dar uma condição melhor. Os atletas vão sentir isso, vão perceber, quando chegarem da pré-temporada, que o Flamengo realmente vai fazer investimentos e se atentou para aquela necessidade que tinha.

Parceria com a Exos

Estamos finalizando o contrato, e essa parceria estar consolidado no início de 2016. Vai servir principalmente para, em conjunto conosco e com os nossos profissionais, estabelecer um modelo próprio do Flamengo de performance. A Exos terá um prazo de atuação no futuro e, dentro desse período, certamente vai colaborar para que o Flamengo consiga construir o seu modelo próprio de excelência e performance. Esse é o nosso desejo. Que futuramente o Flamengo se torne referência nesse sentido aqui dentro do Brasil.

Rodrigo na apresentação de Muricy, com o presidente Bandeira e o vice de futebol Godinho (Foto: Gilvan de Souza / Fla)


Avaliação do modelo de Conselho Gestor

Eu não posso avaliar o modelo do Flamengo. O modelo do Flamengo é o modelo do Flamengo. A única certeza é que qualquer tipo de crítica que eu for fazer, eu sempre farei internamente. Jamais vou compactuar com críticas pela imprensa. O modelo do Flamengo é um modelo de se ter um comitê para discutir as coisas importantes. Claro que, como qualquer modelo, ele sempre está em aperfeiçoamento, mas não me eximo da responsabilidade de absolutamente nada. E faço parte de qualquer decisão do comitê, mesmo que em algumas vezes isso não seja unanimidade, e sim uma decisão por maioria. Mas isso vai ficar no âmbito interno.

Sente-se com poderes satisfatórios para atuar?

O executivo nunca busca poder. De forma nenhuma. Um executivo tem por obrigação utilizar as melhores ferramentas, as melhores práticas de gestão para viabilizar a melhor tomada de decisão, sendo que ela não necessariamente precisa ser específica do executivo. Pelo contrário. Como você vai contratar um jogador, por exemplo o Guerrero, as pessoas todas não vão opinar, principalmente o departamento financeiro? Nós temos na questão técnica sempre a consulta do nosso centro de inteligência de mercado. Então, a decisão jamais deve ser única, principalmente as mais importantes. É estabelecer bem a alçada de cada um, isso o Flamengo vem definindo com o passar dos tempos para aperfeiçoar. E minha obrigação é levar o maior número de informações possível para a melhor tomada de decisão. Jamais queremos poder. Nós queremos ser ouvidos. O poder não é nosso, porque na verdade o "dono" do clube são o presidente e seus vice-presidentes, aqueles que são eleitos. Nós, executivos, temos que abastecê-los com as melhores informações. Aí sim, se nós dermos as melhores informações, certamente a decisão será melhor.

Procura por gerente de futebol

Quando o Gabriel Skinner saiu, por estarmos em reta final de campeonato, não buscamos um substituto. Agora estamos avaliando alguns nomes no mercado que tenham perfil de integração entre as áreas, que exerçam ou já tenham exercido essa função em outro clube, que conheçam bastante de base para fazer a integração. E que façam também um trabalho próximo da comissão técnico e dos atletas. Estamos avaliando. Muito provavelmente até o início da pré-temporada já teremos um profissional para essa função.

Tamanho do elenco em 2016

A ideia é termos até 38 jogadores no período do Estadual. Depois vamos reavaliar isso.

1570 visitas - Fonte: GE


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