No ano passado, os dois melhores jogadores do Brasileirão 2014, do bicampeão Cruzeiro, Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart, foram vendidos para os incipientes centros do futebol árabe e chinês.
Neste ano a história se repete e o campeão brasileiro está perdendo os dois melhores do campeonato, Renato Augusto e Jadson.
Nenhum dos quatro é craque, nada que se possa comparar com Neymar.
Mas eram o que havia de melhor por aqui, todos com passagens pela Seleção Brasileira, que de antigo sonho dos jogadores, passou a ser descartável.
Até mesmo o sonho de jogar na Europa virou secundário.
Fazer fortuna é a prioridade, mesmo que sacrifique uma carreira mais gloriosa.
Criticá-los por isso seria o mais fácil para quem não tem a opção de garantir o futuro de, pelo menos, duas gerações.
Quem padece é o torcedor nacional, impossibilitado de ver seus times virarem grandes, inesquecíveis esquadrões.
E os técnicos, obrigados a remontar equipes a cada temporada.
Os cruzeirenses, ao menos, curtiram duas temporadas. Os corintianos nem isso.
As causas são muitas e é inegável que a pujança econômica e a força das moedas dos países compradores têm peso decisivo.
Mas que a estrutura carcomida de nosso futebol é fartamente responsável pelo êxodo também é indiscutível.
E olhe que nossos cartolas, em regra, fazem fortunas pessoais que garantem as novas gerações de seus descendentes.
Verdade que alguns acabam enrolados pelo FBI.
Mas ainda são exceções.
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