Raphael Mesquita/Foto Rio News
Adriano está perto de, enfim, voltar a jogar futebol. Mais do que isso, o Imperador começa a dar seus primeiros passos como homem de negócios do esporte. Após algumas semanas de negociações, o jogador encaminhou a compra de 40% do Miami United, dos Estados Unidos, por cerca de 4 milhões de dólares (R$ 16,1 milhões) e pretende retomar a carreira dentro de campo no time que poderá chamar de seu.
Distante da MLS - principal liga de futebol dos EUA -, o Miami United disputa a NPSL, que disputa com a NASL o título de segundo principal torneio do país.
Após ter o nome ventilado por diversos times brasileiros no final de 2015 e início de 2016, o Imperador foi procurado por um grupo de gestores da equipe da Flórida e se interessou pelo projeto.
A informação do possível acerto começou a circular na imprensa italiana no início da semana e foi confirmada à reportagem pelo gerente executivo de futebol do Miami, Henrique Souza.
"Vi que muita gente falava em um possível retorno do Adriano e logo falei com o meu presidente. Expliquei que não teríamos como oferecer um salário que ele pede, mas que a entrada dele como acionista do clube poderia resolver. Conversamos diversas vezes e ele gostou muito. Se interessou pelo estilo de vida de Miami, pela estrutura do clube e pela possibilidade de já adiantar um projeto pensando no pós-carreira", detalhou o dirigente.
Por ser sócio do time, Adriano terá participação em todas as receitas do Miami, além de um salário mensal de aproximadamente 10 mil dólares (R$ 40,7 mil) como jogador. Os outros 60% do clube pertencem ao presidente do United, o italiano Roberto Sacca, responsável por administrar um clube em ascensão com lucro de quase 5 milhões de dólares por ano. Torcedor da Internazionale de Milão - clube onde o Imperador fez história -, o cartola é fã do atacante e trabalhou para facilitar a negociação.
Na Flórida, Adriano terá no clube de Ronaldo, o Fort Lauderdale Strikers, o grande rival em termos de torcida - apesar dos times jogarem ligas diferentes. Os dois clubes disputam espaço no estado e a preferência dos novos torcedores.
Gustavo Oliveira/Atlético-PR
Último clube de Adriano foi o Atlético-PR, em 2014: quatro jogos e só um gol
A disputa com o Fenômeno, no entanto, não significará muita preocupação ao Imperador, que viu em Miami a oportunidade de um novo recomeço longe dos holofotes e cobranças do Brasil.
Segundo pessoas próximas a Adriano e que participaram da negociação, Adriano escolheu o projeto na Flórida justamente pelo fato de se afastar do cenário já desgastado de sua imagem no Brasil.
Junto com ele, viajarão para os Estados Unidos o irmão Thiago, que conseguiu uma bolsa de estudos em uma universidade, e a mãe.
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