Flamengo vai faz a sua estreia na Primeira Liga
Foto: João Laet / Agência O Dia

Minas Gerais - O tiroteio nos bastidores entre clubes, Ferj e CBF não atinge os jogadores do Flamengo. Pelo menos no discurso, o grupo parece blindado. Os ferimentos decorrentes dos tropeços no Nordeste, porém, não cicatrizaram. Enfrentar o Atlético-MG, no Mineirão, às 21h45, pode ser como caminhar em campo minado. E pelo treino de terça-feira, na Gávea, Muricy Ramalho usará as mesmas armas dos dois amistosos anteriores, com Paulo Victor no gol.

O Flamengo perdeu os últimos quatro jogos que fez contra o Atlético-MG. Sofreu 14 gols e marcou apenas dois. E amargou goleadas em três desses confrontos que foram disputados em Belo Horizonte: 4 a 1, 4 a 0 e 4 a 1.

Além disso, nesta pré-temporada, o Galo, atual vice-campeão brasileiro, derrotou Schalke 04, da Alemanha, e Corinthians, que conquistou a principal competição nacional em 2015. Perguntado se não seria inconveniente tal batalha neste momento, Everton riu, como se concordasse. Mas não baixou a guarda.

“Vai ser um jogo difícil, como os dois primeiros foram também. Lá no Nordeste, muito quente. O Atlético-MG está junto há mais tempo, o jogo é lá, eles têm mais conjunto, mas é bom para o treinador ver com quem ele pode contar”, disse.

Se depender das palavras de Everton, no entanto, o Rubro-Negro vai armado e de peito aberto para o Mineirão. Independentemente se será apenas um amistoso ou se valerá como a estreia na Primeira Liga, ele sabe que, quando Flamengo e Atlético-MG se encontram, é para matar ou morrer. Na bola, é claro:

“Jogo entre Atlético-MG e Flamengo é sempre à vera, não tem amistoso, são sempre partidas difíceis. Isso não interfere, a gente sempre quer vencer. É uma questão que a diretoria tem que resolver”, afirmou Everton, que divide com a defesa a responsabilidade pelos seis gols sofridos contra Ceará e Santa Cruz: “A marcação começa lá na frente, comigo, o Emerson, o Paolo... Acredito que nos próximos jogos o time vai reagir.”

Guerrero em má fase até nos treinos

O jejum de Guerrero, que dura cinco meses, pode acabar hoje. Mas, por enquanto, o incômodo parece contaminá-lo até nos treinos. Mesmo na cara do gol, em atividades de finalização, o peruano tem tido dificuldade de colocar a bola para dentro.

Nesta terça-feira, na Gávea, após algumas falhas, ele balançou a rede e chutou o ar, em aparente desabafo. A última vez que Guerrero fez a alegria da galera foi contra o São Paulo, no dia 23 de agosto de 2015.