17/2/2016 11:41
Medo de avião, mas pronto para voar: Gabriel narra viagens "terríveis" do Fla
Longe de ser fã das aeronaves, meia, com grandes chances de iniciar contra o América-MG, conta histórias como uma em que Alecsandro foi do funk ao gospel
Gabriel, em foto antes de embarcar para o jogo contra o Atlético-MG, primeiro jogo do Flamengo no ano pela Primeira Liga. Sorriso só mesmo antes de voar (Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com)
Com 26 anos completos em 6 de janeiro e iniciando sua quarta temporada de Flamengo, o meia-atacante Gabriel nunca passou por turbulências no clube, pois não é jogador de criar caso. Porém, tal qual os temidos tremeliques pelos quais as aeronaves passam, o baiano já esteve por cima, mas também em baixa. Sem Maracanã no primeiro semestre de 2016, o atleta tem o apoio de Muricy Ramalho para partir destemidamente para cima dos zagueiros. Treinou como titular na terça-feira e deve iniciar o jogo desta quarta, em Cariacica-ES, contra o América-MG. Mas a ausência do ex-Maior do Mundo faz o Fla rodar o país e provoca um medo no camisa 17: os aviões.
- Não sei nem explicar em qual dia começou, porque no início era só diversão. Na primeira vez que voei, foi fantástico, mas depois passei a ter medo. Foi só aumentando e hoje é muito grande o medo - admitiu.
Gabriel completou nesta terça-feira sua quarta viagem de avião em 2016 - já fez escala em Fortaleza, Recife, Belo Horizonte e agora Vitória. Mas nenhum dos voos foi tão traumático quanto o para Pelotas, em fevereiro do ano passado - o Flamengo venceu o Brasil-RS por 2 a 1 no Rio Grande do Sul. Hoje o jogador ri e tira onda com a repentina mudança de estilo musical de Alecsandro, que foi do batidão do funk para as canções de louvor depois de a aeronave chacoalhar constantemente.
- Foi sinistro. Pegamos um voo para Porto Alegre e de lá pegamos um voo com avião menor para Pelotas. O bichão sacudiu de um jeito que foi barril (risos). O Alecsandro tava ouvindo um funk, e, quando o bichão tremeu, ele botou uma música gospel. Ali foi resenha demais (risos). O Cáceres soltou um palavrão, todo mundo deu risada, mas só depois. Na hora foi tenso, todo mundo ficou com medo - narra Gabriel.
Um joguinho disponibilizado por uma das empresas aéreas perdeu a graça por conta de uma brusca turbulência em 2014, mesmo ao lado do conterrâneo Elton.
- Teve uma vez que eu e Elton viemos de Curitiba num voo da Avianca, estávamos jogando "Show do Milhão", o bichão tremeu e acabou o "Show do Milhão". Fomos até o Rio tensos.
Titular nos três primeiros jogos do ano, Gabriel tem atenção especial de Muricy e acredita que pode extrair muito do treinador.
- Me dá confiança, é um grande treinador, campeão. Só tenho a aprender, escutar o que ele tem para ensinar e buscar executar da melhor forma. Flamengo tem que pensar em títulos sempre, mas em títulos grandes. Temos que ganhar ou o Brasileiro ou a Copa do Brasil. É o que o torcedor e o que nós almejamos.
Basta tremer o avião para Gabriel olhar para um lado e para o outro, mas cara feia e zagueiro violento ele não teme. E aposta: vai voar em 2016:
- Medo só de avião, de jogar eu não tenho, não. Quero jogar e chegar ao mais longe possível.
999 visitas - Fonte: Globoesporte.com
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