Após cuidar da saúde do pai, filho de Zagallo retorna para virar técnico: 'O 13 voltou'

17/3/2016 08:28

Após cuidar da saúde do pai, filho de Zagallo retorna para virar técnico: 'O 13 voltou'

Paulo Zagallo (à esquerda) cuidou da saúde debilitada de seu pai, que fará 85 anos

Após cuidar da saúde do pai, filho de Zagallo retorna para virar técnico: O 13 voltou
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Mário Jorge Lobo Zagallo dedicou 58 anos ao futebol, seja como jogador, treinador ou coordenador técnico. Fez história em Botafogo, Flamengo e na seleção brasileira, conquistando quatro vezes a Copa do Mundo - duas como atleta e outras duas como comandante.

Agora, aos 84, o "Velho Lobo" já possui saúde debilitada e necessitou da importante ajuda de seu filho, Paulo Jorge de Castro Zagallo, principalmente após a morte de sua esposa, Alcina de Castro Zagallo, em 2012, com quem foi casado por 60 anos.

"Foi um baque muito grande para o meu pai. Nós somos em quatro filhos e dividíamos as funções. Precisamos dar suporte para ele. Ele se mudou do apartamento, sempre tem alguma acompanhante com ele. O complicado era que tinham acabado de trocar os móveis e, em cada cômodo que ele entrava, vinha aquela lembrança dela, então ele resolveu sair", contou, em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br.

"Ele morava há muitos anos e o emocional dele estava abalado, A saúde dele precisa de cuidados. Agora mesmo, queriam trazê-lo a São Paulo, mas no momento não dá para viajar. Ele vai fazer 85 anos em agosto e precisamos cuidar", comentou.

Grande seguidor da carreira do pai, Paulo teve de dar uma pausa na carreira de treinador, mas agora avisa: está de volta e quer abrir o mercado no futebol paulista.

Com passagens por Botafogo, como auxiliar e diretor de futebol, Madureira-RJ, América-RJ e seleção brasileira na base, além pelo profissional de Brusque-SC, Luziânia-GO, Guarany-CE e Aquidauanense-MS, ele sempre levou consigo os ensinamentos de Zagallo. Jogar futebol, entretanto, não era com ele;

"Eu sempre joguei algumas peladas, mas nunca tentei ser jogador profissional. Sempre acompanhei meu pai desde criança. Via as preleções dele, quando estava no Botafogo, antes das partidas. Eu ia nos treinos também, mas meu pai não queria me deixar ficar às vezes lá. Os próprios jogadores falavam pra eu ficar (risos). Naqueles tempos nem sonhava em trabalhar com futebol", disse.

"Todas essas lembranças ficaram na minha cabeça até que resolvi fazer curso para treinador e educação física, no Rio de Janeiro", completou.


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Paulo Zagallo visitou a ESPN


Mesmo nem pensando nisso, "Zagallinho" começou a demonstrar certa paixão na arte de comandar equipes. Sobrava até para D. Alcina, que "sofria" com as bagunças na sala de casa.

"Ele foi meu professor. Quando comecei na carreira, chegava na casa dele com uma mesa de botão e armava na sala. A gente ficava discutindo tática e posicionamento, daí minha mãe falava: 'Não é possível, pensei que fosse só seu pai. Eu pensei que daqui a pouco ele ia parar, mas agora é você' (risos)", contou, bem-humorado.

Carregar um nome "deste tamanho" sendo técnico de times não era missão simples. "Ele mesmo falou que, pelo sobrenome, o peso que carrega eu teria muito cobrança. Era melhor eu começar na base e aprender", relembrou.

Nas categorias de base de clubes e seleção do Brasil, Paulo Zagallo observou diversos jogadores prontos para despontarem no cenário nacional e internacional, como o goleiro Renan (ex-Inter), Léo Lima (ex-Vasco, Santos e São Paulo), Rodrigo Tiuí (ex-Fluminense) e Ernando (ex-Goiás, hoje na equipe colorada gaúcha).

"Meu pai sempre tinha diálogo com jogadores, sempre procurei fazer para mim também. Ele trocava ideia com os caras e explicava as decisões. Comandava muito bem o vestiário e nunca foi o dono da verdade, mas, claro, que e a palavra final é do treinador", falou.

Apesar de vencedor, Zagallo sempre sofreu com a desconfiança, sendo apontado como um "defensor" do futebol "feio".

"Eu creio que estou dando continuidade ao legado do meu pai, ao nome que ele marcou no futebol. Aprendo muito com ele e coloco coisas que eu penso também. Falavam que meu pai era retranqueiro e ele ganhou tudo o que ele ganhou (risos).

E não são só os ensinamentos durante toda a vida que Paulo tomou para si. Sua voz é idêntica à do pai. E ele já até fez vítimas com essa semelhança.

"Todo mundo fala isso, né? Uma vez eu fiz uma pegadinha com um repórter, que ligou em casa e achou que estava falando com meu pai. Isso quando ele era o treinador da seleção brasileira. Falei um monte de besteira, que ia mexer em tudo no time e o cara achou que ia dar um furo. Daí, eu disse que ele era bobo. O cara ficou puto e disse: 'Você me enganou mesmo, porra, sua voz é igualzinha mesmo (risos)", gargalhou.

"Quando eu berrava na beira do campo as pessoas se assustavam com a semelhança", lembrou.

E engana-se quem pensa que a velha superstição do número 13 - por conta da comemoração do dia de Santo Antônio, em 13 de junho - não foi transformada em legado a Paulo Zagallo.

"Eu já usei camisa 13 no começo da minha carreira e parei. Agora, ele voltou, eu estou voltando para dar continuidade a isso (risos)", finalizou.

759 visitas - Fonte: ESPN


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