Análise: desgaste cobra preço a Sheik e companhia no Flamengo

21/3/2016 09:31

Análise: desgaste cobra preço a Sheik e companhia no Flamengo

Rubro-negro apresenta queda de rendimento nas últimas partidas como resultado de cansaço físico, mas mudança de peças pode ser a solução

Análise: desgaste cobra preço a Sheik e companhia no Flamengo
Emerson Sheik em clássico contra o Fluminense: corpo sem obedecer a cabeça (Foto: Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM)

Segundo tempo no Pacaembu. Ederson aproveita bobeira de Gum e passa para Sheik. O camisa 11 ignora Guerrero pedindo e chuta mal, para fora. Antes, o camisa 9 recebeu bola limpa na entrada da área, de Rodinei, e chutou prensado, sem perigo. No primeiro tempo, Marcelo Cirino foi até o fundo e passou mal para Guerrero. A trinca de atacantes rubro-negros tentou, mas a eficiência não é a mesma há alguns jogos. O último gol com a bola rolando foi dia 9 de março, contra o Figueirense, em jogada de Ederson e chute do peruano. É só desgaste? Difícil responder, mas não parece ser a única razão.

Muricy parece que não vai abrir mão dos seus três atacantes e nem de três jogadores no meio.
Ederson até agora é titular do meio de campo, na vaga de Mancuello, mas a impressão que fica é que o argentino, pela forma de atuar, encaixa melhor no esquema montado pelo treinador. E o motivo é simples: Ederson é mais veloz, ousado e joga mais próximo da trinca de ataque. O outro, prefere passes de primeira e compõe mais o lado esquerdo, fazendo Jorge subir mais. A revelação do Flamengo começa a temporada com futebol mais conservador do que o ano passado, atacando bem menos.

O desgaste de jogos tem sido a tônica de entrevistas. Se alguns jogadores parecem não sofrer efeito das viagens - caso de Juan, que exibiu grande forma disputando corrida com o jovem Gerson na parte final da partida -, Emerson Sheik, o mais velho do elenco ao lado do zagueiro, com 37 anos, erra mais do que de costume e coloca ponto de interrogação na torcida. Nos estádios e nas redes sociais, são constantes as reclamações dos rubro-negro. Jogador de confiança de Muricy, Sheik é o artilheiro do time no estadual - com quatro gols, dois deles de pênalti.

Algumas vezes, Emerson parece ser refém de seu ímpeto por ajudar o time na marcação, armar e se fazer presente a todo momento em seu setor de ataque. Além disso, é individualista por natureza, o que também significa desgaste maior para conduzir a bola e enfrentar os choques com a marcação adversária. Soma-se a isso o fato de Muricy não gostar nada de substituí-lo. Ele saiu mais cedo em apenas três dos 10 jogos oficiais que disputou na temporada. Aliás, o treinador não vê necessidade de fazer as três substituições nas partidas. Segundo ele, não vale a pena mexer por mexer e é preciso pensar no fator surpresa para os últimos minutos e, por isso, se resguardar para uma troca emergencial.

Segundo o treinador, é o desgaste físico que influencia na queda em termos técnicos. Após o Fla-Flu, Muricy Ramalho ressaltou que quando as pernas não estão bem, a cabeça não dá os comandos certos ao corpo. E isso fica claro principalmente nos passes. Neste domingo, Cuéllar, que é um dos responsáveis por dar qualidade à saída de bola, teve dois erros crassos que obrigaram Juan (no primeiro tempo) e Rodinei (no segundo) a cometerem faltas e receberem o cartão amarelo.

Mas também é possível imaginar que mudanças de peças – e não apenas descanso físico – possam melhorar o desempenho rubro-negro em campo. Assim, Muricy ainda deve experimentar alternativas no ataque, como tem feito no meio de campo, ora entrando Ederson ora Alan Patrick e Gabriel. Na frente, o trio é absoluto, mas ficou devendo no Fla-Flu e também nas duas únicas derrotas do ano – contra o Vasco, em São Januário, e diante do Confiança, em Aracaju. As circunstâncias são diferentes, mas há semelhanças. No clássico carioca houve poucos espaços. No Batistão, as chances foram criadas e desperdiçadas no primeiro tempo. Mas Cirino, que tem característica de velocista, foi bem marcado nas duas partidas e pouco mostrou resistência para superar o combate dos adversários.

Seja por motivos físicos ou técnicos, o Flamengo apresentou queda de rendimento nas duas últimas partidas. E se não há tempo para descansar até o jogo contra o Atlético-PR, nesta quarta-feira, pela semifinal da Primeira Liga, Muricy Ramalho será obrigado a fazer mudanças – já que Guerrero e Cuéllar defenderão suas seleções. Então talvez seja a hora de aproveitar e pensar em alterações que deem mais frescor ao time rubro-negro, e aí entram os garotos vindos da base. Vizeu será mais uma vez testado no ataque nesta semana. Lucas Paquetá segue sendo tratado com cuidado, mas poderia ser testado por mais minutos. Na única partida como titular, Léo Duarte agradou e tem espaço quando o técnico precisar poupar os experientes Juan ou Wallace.

754 visitas - Fonte: Globoesporte.com


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