Vasco, de Andrezinho, é o único time invicto do Carioca
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Brasília - Rivais, Flamengo e Vasco estão em lados opostos no campo e na política, e a distância entre os dois será ainda maior no clássico de hoje, em Brasília. Os vascaínos, que começaram 2016 amargando o rebaixamento, tornaram-se a melhor equipe do Carioca, estão invictos e em lua de mel com a torcida. Enquanto os rubro-negros investiram em contratações pensando alto, mas já estão pressionados e em crise. Por isso, o duelo às 21h45 ganha contornos de decisão e pode aumentar ou diminuir a diferença entre os dois.
Carioca que mais investiu, com oito reforços, o Flamengo amarga um jejum de quatro jogos sem vencer e sem fazer gol. Do outro lado, o Vasco manteve o elenco e só trouxe dois jogadores. Ainda assim, já soma nove vitórias no ano, sendo quatro seguidas e três jogos sem ser vazado.
Campanhas distintas que se refletem na paciência dos torcedores e no clima. Vascaínos apoiam o time e passam confiança aos jogadores, enquanto um grupo de uma organizada rubro-negra invadiu o CT na segunda-feira para cobrar o elenco, que está pressionado e precisa vencer para não se complicar no Carioca.
“Tensão normal por causa das coisas que aconteceram. A gente sabe lidar porque tem jogadores experientes. Vai ser um jogo muito importante. Se vencer, vão cair no esquecimento as derrotas e a eliminação (na Copa da Primeira Liga)”, afirmou Jorge.
Para completar, o Flamengo sofre com o desgaste das viagens, algo que o Vasco, único grande com estádio em 2016, pouco fez. Se os rubro-negros tiveram que jogar seis vezes fora do Rio, os vascaínos só precisaram sair uma.
Apesar de todas as diferenças favoráveis, Jorginho não vê o Vasco como favorito no clássico, que pode encaminhar a classificação vascaína.
“É um jogo fundamental para nós. Pode nos colocar numa situação muito boa. Jogar contra o Flamengo é sempre muito difícil, independentemente se a equipe está sob pressão ou não”, disse Jorginho.
Estratégia por gringos
Em comum, os rivais tiveram que investir na logística por Guerrero e Martín Silva, que se enfrentaram ontem pelas Eliminatórias da Copa de 2018, em Montevidéu. O goleiro vascaíno ficou no banco do Uruguai, enquanto o atacante rubro-negro foi titular pelo Peru e pode não começar jogando hoje. Já Cuéllar, da Colômbia, ficará fora.
Emerson Sheik tenta recuperação no clássico
Foto: Gilvan de Souza / Flamengo / Divulgação
Contratações para superar a maratona de viagens
Sob pressão e em crise, o Flamengo já estuda mudar o planejamento inicial. Apesar de mostrar confiança de melhora para o segundo semestre, o diretor de futebol Rodrigo Caetano vê a necessidade de aumentar o elenco para aguentar a maratona de viagens no ano.
“Vou recuperar esse debate de planejamento. O inicial foi alterado e acarretou em acúmulo de jogos. Esse fato nos fez refletir de não enxugar, mas aumentar opções, esse rodízio será o diferencial. Vamos pensar com mais carinho. É possível com acréscimo de duas ou três peças após o Estadual”, afirmou.
O dirigente deu coletiva após nota de uma organizada, cujos integrantes invadiram o CT na segunda-feira, informar que ele permitiu que os torcedores falassem com os jogadores. Caetano negou e mostrou preocupação com a invasão.
Riascos volta, mas Jorginho não confirma se será titular
Jorginho terá o retorno de seu artilheiro na temporada. Recuperado de lesão na coxa direita, o atacante Riascos terminou o trabalho de reforço muscular e voltará a ser relacionado no clássico diante do Flamengo, em Brasília. Mas o treinador fez mistério e não confirmou se o colombiano, que tem seis gols em 2016, será titular ou se manterá Thalles.
“ São jogadores que possuem características realmente diferentes. O importante é que estamos bem servidos, pois os dois estão muito a fim e atravessam um bom momento. Mas só na hora (a escalação do time será divulgada)”, desconversou Jorginho.
No treino de ontem, Nenê não foi a campo e deixou a comissão técnica em alerta. O meia estava com febre e indisposição gastrointestinal. “Achamos que o Nenê não preocupa”, afirmou o treinador.
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