Guerrero riu bastante com o gol (Foto: Gilvan de Souza/Fla Imagem)

Guerrero vinha de chances incríveis desperdiçadas nos empates com Vasco (1x1) e Botafogo (2x2) e, neste sábado, contra o Boavista, o início foi desanimador. Furou duas vezes na área em jogadas nas quais estava de frente para o gol adversário. Guerreou, teimou, conseguiu e riu. Era o sorriso do alívio por um gol, o último do Flamengo na vitória por 3 a 0, bem incomum. O conquistou na persistência, ao não abdicar de lutar pela bola com o goleiro Vinícius. Perguntado sobre a risada, mostrou os dentes de novo e deu uma simples explicação.

Porque tive muitas chances de fazer gol e não fiz. Hoje (sábado) eu fiz (risos) - resumiu.
Questionado se o gol tirava de si um enorme peso das costas, confirmou e admitiu que não vive boa fase com a camisa do Flamengo.

- Estou aliviado, claro, porque estava tendo muitas chances de gols, mas infelizmente não estava fazendo gol. Os centroavantes sempre passam por essas fases. Mais importante do que eu ter feito gol foi o time ter ganho bem - afirmou.

Muricy, mesmo com o momento negativo de Guerrero, voltou a enfileirar elogios ao jogador, que, segundo o comandante, não desiste nunca. O camisa 9 concordou com a opinião de seu técnico.
- Sim, eu tenho que seguir tentando. Às vezes a torcida entra em desespero porque tenho chances de gols e não consigo, mas tenho que seguir. São fases que todo mundo passa - insistiu.

Os gols perdidos contra Vasco e Botafogo seriam consequência da maratona que viveu em nove dias (de 24 de março a 2 de abril, jogou os dois clássicos e outras duas partidas pela seleção peruana)? Guerrero não sabe responder, mas garante que faria tudo novamente.

- Eu faria, lógico. Eu faço porque sei que o time tava precisando, o professor falou comigo, e eu disse: "Vou dar tudo de mim para ajudar o time". Por isso eu joguei, porque é meu trabalho, porque eu gosto de fazer isso e sempre vou querer jogar. Esse gol é bom para eu retomar a confiança - finalizou.