6/5/2016 08:13
Bandeira branca à CBF surpreende direção, e aliados esperam explicações
Vice de Gabinete da Presidência, Plínio Serpa Pinto diz que presidente confia na equipe de vice-presidentes, mas decisão de dirigente não foi discutida com a diretoria
Eduardo Bandeira de Mello esteve na festa de lançamento do Campeonato Brasileiro, na noite desta quinta (Foto: Marcos Ribolli)
A "bandeira branca" do Flamengo à CBF, sinalizada nesta quinta-feira com o anúncio de Eduardo Bandeira de Mello como chefe da delegação da seleção brasileira que disputará a Copa América nos EUA, foi a grande surpresa do dia. E surpresos ficaram vice-presidentes e aliados da atual administração. O fato de Bandeira ter sentado-se à mesa com Dunga e Gilmar Rinaldi num evento da entidade contra a qual exercia forte oposição há meses pegou mal, e o discurso de conciliação, no qual o mandatário rubro-negro falou em modernização da mesma, não foi facilmente assimilado.
Houve desconforto na diretoria, já que a argumentação é de que, a partir de agora, a postura contrária à CBF perde força. Vice-presidentes e grupo de aliados ainda esperam ouvir do próprio Bandeira a justificativa para ter aceitado o cargo de chefe de delegação da Seleção, deixando o vice geral Maurício Gomes de Mattos no cargo no período. Apesar da previsão de Bandeira se ausentar por mais de 30 dias - em meio à disputa do Brasileiro -, o vice de gabinete Plínio Serpa Pinto minimiza:
- Continua tudo igual. Hoje tem WhatsApp, internet, uma série de ferramentas para esse contato diário. Eles (Maurício e Bandeira) têm relação muito boa. Bandeira achou que recebeu homenagem, uma distinção a ele e ao trabalho no Flamengo e resolveu aceitar. Ele tem equipe de vice-presidentes muito atuantes, confia nessa equipe e por aqui a luta continua. Não há nenhuma turbulência. Há respeito à decisão dele - disse Plínio.
Sócios e conselheiros que apoiam Bandeira evitaram criticar a posição surpreendente de Bandeira. Mas também não saíram em defesa. Esperam ouvir, em reuniões periódicas que são realizadas com o presidente, a justificativa de Bandeira. Há correntes que veem como erro a aproximação com a CBF. Outros enxergam mera questão política, de boa vizinhança. No fim de fevereiro, Bandeira criticou a CBF principalmente por mostrar-se contrária ao fato de o Flamengo tentar estabelecer Brasília como sede durante o Campeonato Brasileiro. Em nota oficial, tratou a decisão da entidade como arbitrária.
Na noite desta quinta, Bandeira, já ciente da repercussão negativa do fato, deu mais um passo atrás e disse que "nunca foi inimigo" da CBF. Além disso, tornou a elogiar a entidade.
- Nunca fui inimigo da CBF, e se tiver de fazer novas críticas, vou fazer. Existe na CBF um processo elogiável de modernização que convive com forças do atraso. Quando o Flamengo recebe essa homenagem, é uma indicação do que o clube tem representado em termos de modernidade e se entende que é o caminho a seguir. O trabalho que vou fazer não vai prejudicar em nada o Flamengo. Não vou abandonar o Flamengo, vou seguir acompanhando permanentemente.
Vale destacar também que, animado com o curso da Primeira Liga ainda no início de março, Bandeira revelou entusiasmo em organizar o Campeonato Brasileiro ao lado dos outros clubes, outro movimento símbolo de sua posição contrária à CBF. E a intenção teve anuência do Ministério do Esporte. Dirigentes da Primeira Liga, aliás, usaram o termo "decepção" diante do sim de Bandeira à CBF no sentido de chefiar a delegação na Copa América.
667 visitas - Fonte: Globoesporte.com
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