Flamengo venceu o Mogi na noite da última terça-feira, no ginásio do Tijuca (Foto: André Durão)

Se o hino começa com "Uma vez Flamengo", no basquete esse trecho pode dar lugar a "Mais uma vez Flamengo". Ao vencer o Mogi das Cruzes por 79 a 75 no quinto e último jogo da semifinal do NBB, na noite da última terça-feira, no Rio de Janeiro, o Rubro-Negro garantiu a vaga na decisão do torneio pelo quarto ano consecutivo e para tentar o quarto título seguido, o quinto de sua história.

E, como a série merecia entre Fla e Mogi merecia, o quinto duelo foi repleto de emoções. Ginásio do Tijuca lotado, equilíbrio, viradas no placar, uma cesta sensacional de Larry Taylor e um herói, desta vez o ala-pivô Olivinha, principal responsável reação rubro-negra depois de um primeiro tempo muito bom dos mogianos. Confira quais foram os principais destaques da partida.

SEM INTIMIDAÇÃO
Embora estivesse jogando em um ginásio do Tijuca lotado, o Mogi não se intimidou com a torcida adversária no primeiro tempo. Depois de um primeiro quarto equilibrado, que terminou empatado em 23 a 23, o time mogiano contou com uma defesa muito forte e a boa atuação dos jogadores que saíram do banco de reservas, entre eles Vithor Lersch e Jimmy, para abrir boa vantagem. Em alguns momentos, a diferença no placar chegou a fez pontos, e no intervalo era de oito: 44 a 36.

Quem vibrou com a boa atuação do Mogi no primeiro tempo foi o técnico Danilo Padovani. Mas não do banco de reservas, e sim de dentro do ônibus do time. Afinal, o treinador mogiano havia sido desqualificado no jogo anterior, cumpriu suspensão e, por isso, não pôde sequer entrar no ginásio do Tijuca. Coube a ele assistir à partida no computador, sem poder orientar a equipe. Essa função foi do auxiliar Alexandre Rios.

ABAIXO DO NORMAL
Uma estatística que chamou a atenção na partida foi o baixo número de lances livres do Flamengo. Em 40 minutos, o time do técnico José Neto cobrou somente cinco, quantidade bem incomum para os jogos de basquete, e converteu três deles. Apenas Marcelinho, Olivinha e JP Batista foram para a linha do lance livre. A título de comparação, o Mogi cobrou 18 e acertou 14.

OLIVINHA DECISIVO
Olivinha foi peça fundamental na classificação do Flamengo para mais uma decisão do NBB. O ala-pivô anotou 14 pontos apenas no terceiro quarto e comandou a virada rubro-negra. Ele terminou como cestinha da partida, com 22 pontos, e ainda pegou oito rebotes.

O camisa 16 do Fla, aliás, teve papel importante em toda essa série. Depois de ter sido desfalque no primeiro jogo da semifinal em virtude de uma lesão no tornozelo, Olivinha se recuperou e registrou médias de 17,5 pontos e 8,2 rebotes nos quatro confrontos seguintes.

ESPERANÇA RENOVADA
Com a boa atuação de Olivinha no terceiro quarto, o Flamengo não só cortou a vantagem do Mogi, como também passou à frente. O time da casa poderia até ter ido para o último quarto com uma diferença maior no placar, não fosse uma "bola relâmpago" de Larry Taylor no estouro do cronômetro, do meio da quadra, que devolveu a confiança aos mogianos. Com os três pontos do Alienígena, o terceiro período terminou com o Fla vencendo por 62 a 61.

MAIS UMA VEZ FLAMENGO
Apesar desse equilíbrio, o Flamengo foi melhor nos minutos finais e conquistou a vitória. Essa foi a quarta classificação seguida do time para a final do NBB. Tetracampeão, o Rubro-Negro vai tentar o quarto título consecutivo (a primeira conquista foi em 2009). A exemplo do que aconteceu na última temporada, o Fla enfrenta o Bauru na decisão. No ano passado, a equipe carioca passou pelos paulistas sem dificuldades, vencendo a série melhor de três jogos por 2 a 0.

Desta vez, a série decisiva será melhor de cinco, e a primeira partida acontece no próximo sábado, às 14h10, em Marília, uma vez que o Bauru não pode mandar a final no Panela de Pressão porque o local não tem a capacidade mínima de 5 mil lugares exigida pela Liga Nacional de Basquete.