20/5/2016 08:03
Bandeira segura Caetano, mas Fla já avalia nome para troca de comando
Pressão para mudanças no departamento de futebol pautam conversas no clube. Executivo do Cruzeiro, diretor de futebol Thiago Scuro recebe contato do clube
Vai aonde? Cúpula do futebol está ameaçada após sucessão de derrotas (Foto: Andrey Menezes/IFlamengoNews)
Em reunião de quase duas horas no Ninho do Urubu, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, conversou com o diretor de futebol Rodrigo Caetano e lhe deu respaldo para seguir no clube. A confiança do presidente no dirigente, porém, não impediu que a cúpula da diretoria avaliasse um substituto. Inclusive, um primeiro contato, por telefone, foi feito com Thiago Scuro, diretor do Cruzeiro. Um membro da diretoria queria informações sobre o profissional.
Na Gávea, dirigentes temem decidir no calor da derrota e em cima da pressão de conselheiros, sócios e torcedores, mas todos convergem no sentido de que alguma mudança precisa ser feita. "Do jeito que está não pode ficar" é a frase mais batida nos corredores do poder no clube. Bandeira procura um rumo na véspera de viajar para chefiar a seleção brasileira na Copa América e enfrenta correntes que pedem a cabeça de Caetano, de Flavio Godinho, vice-presidente de futebol, e também de Muricy Ramalho que, em virtude de problemas de saúde, segue sem dirigir o time domingo contra o Grêmio em Porto Alegre pela segunda rodada do Brasileiro e não tem retorno previsto.
Há consenso de que a troca de comando no futebol não deve bastar para a reação do time. A saída de Muricy Ramalho, que ainda não tem previsão de retorno após viajar a São Paulo para fazer exames, é tratada abertamente, apesar do momento delicado, com o treinador realizando exames para averiguar a saúde. Em paralelo, o custo da rescisão contratual é um entrave. Em caso de demissão do treinador, o clube arcaria com todos os vencimentos ao qual o técnico teria direito como se ainda estivesse empregado (com treinadores anteriores a diretoria costumava colocar como multa dois meses de salário). Com mensais na casa dos R$ 400 mil, isso representaria pagar quase R$ 8 milhões para tirar o treinador do Flamengo.
O encanto inicial dos atletas com Muricy foi se perdendo com o passar dos jogos - e a soma de derrotas. O treinador é descrito como frio pelos atletas, que questionam algumas decisões de Muricy. A meritocracia alegada ao colocar como titulares Alan Patrick e Marcelo Cirino, que se destacaram contra o Botafogo e o Vasco, não valeu para Emerson Sheik, que não consegue ajudar no ataque e segue na equipe. A diretoria também não vê reação forte do treinador, com o modo enérgico pelo qual Muricy também ficou conhecido no futebol.
Bandeira pouco teve contato com os jogadores no centro de treinamento. Coube ao diretor de futebol procurar os atletas e conversar, sem cobrança mais forte. Caetano tentou depois falar com algumas lideranças do elenco, mas escutou pouco. Os jogadores ficaram ressabiados e preferiram ser discretos neste momento. Vaidoso, o diretor do Flamengo, que tem três anos de contrato com o clube, mostrou lado acuado e reação rara, pedindo desculpas aos torcedores, admitindo que não vem conseguindo encontrar respostas para os insucessos do ano.
A reunião no Ninho não foi a única ocorrida na quinta-feira. À noite, Bandeira voltou a se encontrar com demais dirigentes, porém desta vez na casa de um deles, mas não definiram mudanças no departamento de futebol.
1989 visitas - Fonte: Globoesporte.com
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