Flamengo voltou a jogar mal: a crise está longe de acabar
Foto: Gilvan de Souza / Flamengo / Divulgação

O Flamengo está longe de sair da crise. A situação em campo só não piorou porque o time conseguiu o empate aos 50 minutos do segundo com um pênalti mal marcado: 2 a 2 com a Chapecoense, nesta quarta-feira, no Raulino de Oliveira. O Rubro-Negro, porém, também sai na bronca com o árbitro Diego Almeida Real. Ele também deu um pênalti inexistente para o clube catarinense e expulsou Everton injustamente.

Noves fora os erros da arbitragem, o Flamengo só vê a crise aumentar. O time, outra vez, mostrou os mesmos erros de desorganização e falta de criação. O cenário além das quatro linhas também não está nada tranquilo. O Rubro-Negro aguarda a resposta de Muricy Ramalho - ele se recupera de um quadro de arritmia cardíaca e ainda não avisou se volta ao clube. A diretoria também é questionada. O presidente Eduardo Bandeira de Mello prometeu mudanças. Mas, até agora, nada. Enquanto isso, a torcida protesta: chamou Jayme de Almeida de "burro", vaiou e gritou "time sem-vergonha".

O começo do jogo até foi promissor. Felipe Vizeu, substituto de Guerrero - está com a seleção peruana -, abriu o placar. Porém, a felicidade durou pouco. A Chapecoense, beneficiada pela arbitragem, empatou. O Flamengo então se perdeu e levou a virada. O empate saiu graças a um erro do árbitro.

O Flamengo agora tem quatro pontos no Brasileiro. Na próxima rodada, enfrenta a Ponte Preta, às 11h, no Moisés Lucarelli, domingo. A Chapecoense continua invicta, com cinco pontos. Volta a jogar no sábado, quando vai receber o Santa Cruz, às 21h, na Arena Condá.

O jogo
O Flamengo tomou a iniciativa e conseguiu abrir o placar logo aos sete minutos. Jorge se livrou da marcação e tocou para Everton. Ele cruzou para Felipe Vizeu apenas empurrar para o fundo da rede: 1 a 0. A felicidade rubro-negra não durou muito. Lucas Gomes invadiu a área e se jogou. O árbitro Diego Almeida Real caiu na do atacante, marcou pênalti de Juan e ainda puniu o zagueiro com cartão amarelo. O carrinho do defensor do Fla não encostou no rival. Bruno Rangel cobrou e empatou, aos 12 minutos.

Além do erro da arbitragem, o Flamengo ainda perdeu Juan. Ele sentiu um problema muscular e deu lugar a Rafael Dumas. A zaga rubro-negra ficou formada por jovens revelados na base. O Fla passou a ter o mesmo problema de falta de criatividade. O clube carioca tinha maior posse de bola (chegou a ter 75%), mas não conseguia envolver o rival. A Chapecoense ameaçou em falta cobrada por Cleber Santana. Paulo Victor voou e espalmou.

A Chapecoense levava perigo nos contra-ataques, mas não aproveitava os espaços deixados pelo Flamengo. Num raro momento de inspiração, Everton lançou Cirino. O atacante isolou a bola e a chance de tranquilizar a situação.

O Flamengo encontrou os mesmos problemas de criação no segundo tempo. Jayme de Almeida trocou Felipe Vizeu por Ederson e ouviu o coro de "burro" das arquibancadas. Depois, colocou Emerson Sheik na vaga de Marcelo Cirino. O Rubro-Negro teve de atuar com um homem a menos. Everton ergueu o pé em lance com Josimar e acertou, um pouco de lado e estabanado, o volante, mas sem tanta força ou intenção. O árbitro, exageradamente, mostrou o cartão vermelho diretamente.

A Chapecoense quase virou, mas Paulo Victor fez dois milagres em chutes de Bruno Rangel e Lucas Gomes. Porém, nada pôde fazer quando Hyoran, que acabara de entrar, cobrou falta com perfeição: 2 a 1. Prejudicado pela arbitragem até então, o Flamengo empatou com uma "ajudinha" do árbitro. Jorge cabeceou e a bola bateu no ombro da zaga do Chapecoense. Diego Almeida Real marcou pênalti. Alan Patrick, aos 50 minutos, cobrou e empatou, mas não amenizou a crise rubro-negra.