Alex Muralha em treino do Flamengo: de olho no Figueirense (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

Cinco meses depois da apresentação, a primeira coletiva de imprensa de Alex Muralha no Flamengo finalmente chegou. Titular há três partidas, o goleiro segue no time de Zé Ricardo ainda com a ausência de Paulo Victor, que trata dores lombares. No domingo, Alex, como o clube tem chamado - sem usar o apelido Muralha, defende o gol rubro-negro pela quarta vez. Em poucas palavras, o jogador não fugiu da pergunta sobre o concorrente e disse que a disputa é benéfica para o Flamengo.

- Não vou mentir. A vontade é grande de ficar no time, de ser titular. É um orgulho representar esse clube, mas a decisão não é minha. O Paulo Victor é um grande goleiro, assim como são também Thiago e Daniel. Tenho certeza que quem jogar vai representar bem o Flamengo. Mas sinceramente não sei se ele vai sair (do clube). A gente conversa, somos amigos. Quando vim eu sabia que tinha um grande goleiro aqui e que teria esperar minha oportunidade, Isso faz com que a gente cresça cada vez mais. Vamos brigar pela posição com honestidade e humildade - disse o goleiro.

Num dos poucos momentos descontraídos da rápida coletiva de imprensa do goleiro, Muralha lembrou da conversa que teve com a mãe antes de viajar para se apresentar ao Flamengo. Um dos primeiros contratados no ano - são 12 ao todo, depois da chegada de Rafael Vaz e Réver -, ele volta a Florianópolis neste sábado, junto com a delegação do Flamengo. Vai rever o Figueirense, que o projetou na carreira. No início deste ano, o clube carioca comprou o atleta por R$ 2 milhões.

- A responsabilidade é grande, a pressão é grande no Flamengo. Quando vim, até minha mãe chegou a perguntar: "filho, você está preparado para isso?" Eu falei que sempre tinha trabalhado para isso. Para chegar esse momento. E quando chega é difícil de se manter - disse o goleiro, que lembrou dos tempos de Figueirense e alertou para as dificuldades no Orlando Scarpelli. - Eu tenho gratidão muito grande ao Figueirense, mas hoje estou no Flamengo. Ganhamos quando eu jogava lá ano passado, eles (jogadores do Figueirense) querem dar a vida, é o jogo do ano para eles. Temos que entrar concentrados para buscar a vitória.