Toninho em 1998 apagou incêndio Foto: Ivo Gonzalez

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Zé Ricardo fará, neste domingo, contra o São Paulo, seu sexto jogo como técnico interino do Flamengo. Se prolongar as três semanas no comando da equipe, o treinador baterá o recorde e será o que mais comandou o Rubro-negro sem ser efetivado. José Carlos Costa, por diversas vezes interino no clube, chegou a comandar o Flamengo em 1988 por oito partidas consecutivas e não teve futuro no clube, assim como outros nomes, tais quais Carlos César, Marcos Paqueta, Andrade, Jayme de Almeida, Carlinhos e Toninho Barroso.

— Não é fácil, eu senti isso na pele, o que vale são os resultados, se vierem fica mais leve, mas é complicado trabalhar tendo que vencer sempre para que seu cargo não fique ameaçado — lembrou Barroso, que comandou o time em 2010 e 1998 e também sai da base.

O último interino efetivado no Flamengo foi Jayme de Almeida, hoje auxiliar. Jayme, porém, não correspondeu às expectativas e acabou demitido após substituir Mano Menezes e conquistar a Copa do Brasil em 2013. Antes dele, Andrade, que foi interino várias vezes, virou treinador do time profissional em 2009, mas depois do título brasileiro também caiu em desgraça na carreira e ainda está desempregado.

— Com resultado ou sem resultado, a vida do treinador vindo da base não é longa. Até o Carlinhos campeão de tudo não seguiu em outro clube — lamentou Toninho.

A estratégia da diretoria do Flamengo tem sido preservar Zé Ricardo. Em nenhuma das três semanas ele concedeu entrevista no Ninho do Urubu. Toninho Barroso diz que a ansiedade é normal.
— É preciso um controle grande porque a pressão e os interesses internos e externos são terríveis — concluiu o ex-coordenador da base.