A janela para transferências do exterior está aberta desde a última segunda-feira para o futebol brasileiro, e a maioria dos clubes deseja aproveitar a ocasião para qualificar seu elenco na busca pelos objetivos na temporada. Até mesmo o Botafogo, que já contratou mas ainda não vê seus reforços em campo. No futebol carioca, o grande foco é no mercado sul-americano, e a necessidade é grande para posições de meio-campo e ataque. Zagueiros também podem chegar. Confira abaixo o que o torcedor pode esperar das diretorias de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco.

BOTA AINDA PENSA EM MEIA

O Botafogo se antecipou à janela e fechou, em maio, com três jogadores no mercado internacional. O meia Camilo (Al Shabab) e os atacantes Rodrigo Pimpão (Emirates Club) e Gustavo Canales (Universidad de Chile) já treinam no clube, e os dois primeiros dependem apenas da regularização na CBF para entrarem em campo. O caso do chileno é mais complicado. Canales chegou ao Rio com um edema ósseo no pé e só deve ter condições de jogo em julho. Apesar dos nomes, o clube não descarta novas contratações. O Botafogo ainda procura um meia que chegue com status de titular, mas aguarda uma boa oportunidade de mercado.

Botafogo ainda pensa em nomes, mas Canales, que já chegou, sequer estreou (Foto: Site Oficial da Universidad de Chile)

FLA EM TRÊS FRENTES

Donatti é um dos zagueiros pretendidos pelo Flamengo (Foto: EFE / Silvio Moriconi)

A contratação de um zagueiro estrangeiro segue em pauta no Flamengo. A direção do Rosario Central tem em mãos a proposta de US$ 1,3 milhão do clube por Donatti, de 29 anos, que fez boa Libertadores pelo time argentino. Mas a negociação não é fácil, apesar do esforço do jogador em se transferir para o Rubro-Negro. O Flamengo tem na lista ainda Jonathan Maidana, do River Plate. Mas o jogador da seleção argentina fez pedida salarial considera muito alta.

A situação de Guerrero ainda é incerta. O jogador e o clube dizem que não há proposta por transferência e que nada mudou na relação, mas há sondagens do mercado chinês do início do ano. A diretoria acompanha a movimentação do mercado e estuda atacantes, como no caso de Hernane Brocador, considerado difícil porque tem contrato com o Bahia. O clube recebeu algumas ofertas, como de Leandro Damião, hoje sem clube. Para o meio de campo, Alejandro Guerra, semifinalista do Atlético Nacional de Medellín, da Colômbia, que interessa ao Fluminense, é uma das possibilidades analisadas.

Alejandro Guerra, do Atlético Nacional, defendeu a Venezuela na Copa América e interessa a Fla e Flu (Foto: Getty Images)

FLU LISTA CAMISAS 10

Zelarayán, ex-Belgrano e atualmente no Tigres está na lista do Tricolor (Foto: Divulgação/Belgrano)

O Fluminense já aproveitou o mercado internacional para reforçar uma das posições mais carentes do elenco: a lateral-esquerda. Willian Matheus foi contratado por empréstimo de um ano junto ao Toulouse-FRA. Com a abertura da janela, o jogador poderá fazer sua estreia enquanto a diretoria volta suas atenções para outro setor que preocupa. O Tricolor mapeou o mercado sul-americano e busca um camisa 10. Recentemente, o diretor executivo de futebol Jorge Macedo passou alguns dias fora do Brasil. Estão na lista nomes como o do venezuelano Alejandro Guerra (Atlético Nacional-COL), do equatoriano Junior Sornoza (Independiente del Valle-EQU) e do argentino Lucas Zelarayán (Tigres-MEX).

VASCO É PACIENTE POR CENTROAVANTE

Miguel Borja foi oferecido à diretoria vascaína, que quer um artilheiro (Foto: Site oficial Cortuluá)

Com poder de investimento reduzido, o Vasco analisa com paciência o mercado em busca do reforço tão aguardado pela torcida desde o início do ano: um centroavante. Até o momento, somente quatro jogadores foram contratados para temporada e a lista de carências apontada pela comissão técnica conta ainda com um zagueiro, que só será contratado se pintar uma boa oportunidade, para a vaga de Rafael Vaz. Para o ataque, o mercado sul-americano segue sendo mapeado, muitos nomes oferecidos - como o do colombiano Miguel Borja, artilheiro da liga local, pelo Cortuluá -, analisados, mas não há negociação em curso. A contratação de um homem de área é tida como certeza nos bastidores. Falta, no entanto, definir o escolhido, e a janela para quem atua no exterior abre o leque de opções.