Fla desentorta lado, muda time e gol sai com velha dupla Sheik-Guerrero
Time entra com losango no meio de campo, mas abandona lado direito para tentar segurar setor do Palestino. Sugestão de Alan Patrick e substituições desentortam time
A jogada se constrói pela esquerda. Fla isolou setor direito no primeiro tempo (Foto: Raphael Zarko)
Foram apenas dois treinos e nova arrumação tática numa equipe que se acostumou a jogar de maneira quase mecânica. Dois volantes, dois pontas abertos para fazer um vai e vem constante, outro centralizado e um atacante de área. Mas Zé Ricardo optou por losango no meio de campo para enfrentar o Palestino. O problema é que, fora Márcio Araújo, que atua centralizado logo à frente dos zagueiros, Mancuello e Alan Patrick caíam para a esquerda, onde já estava Fernandinho e Jorge, também em constantes subidas ao ataque. A vitória por 1 a 0 – gol de Emerson Sheik – serviu também para o treinador observar variações de jogo.
Fernandinho mostrou mais uma vez que briga pela posição de titular com Everton. Incisivo, foi para dentro de Sierralta e ganhou todas. Deu corte seco no lateral e chutou rente ao gol de Melo. Depois, tabelou com Jorge e fez outra grande jogada e mostrou que o mapa da mina era aquele setor. Mas faltou, além de precisão, alguma companhia na área para Guerrero. Mancuello partia de trás com a bola pela esquerda e esbarrava em Alan Patrick, que costuma entrar por aquele lado no time de Zé Ricardo.
Na ala direita, estavam isolados Rodinei e Cuéllar. Houve tentativas, mas eles eram desarmados até com facilidade pelos palestinos, que dobravam a marcação e fechavam os espaços. No segundo tempo, a inteligência de Alan Patrick compensou a partida ruim do meia rubro-negro. Ele chamou Zé Ricardo e pediu que o time voltasse ao 4-2-3-1. O treinador concordou com a mudança: Cuéllar recuou para jogar do lado de Márcio Araújo tal qual William Arão. Alan Patrick abriu na esquerda, Fernandinho na direta e Mancuello ficou centralizado atrás de Guerrero.
- Alan falou comigo. Não há problema algum. No Brasileiro, estamos jogando no 4-2-3-1. Jogamos com Arão e Márcio e com o Diego adiantado. Entendíamos que naquele momento, com as trocas de ontem (no treino), iríamos mudar essa plataforma. O jogador está dentro de campo, tem sensibilidade maior que a gente, não problema algum de falar comigo – disse Zé, que reconheceu desentrosamento na troca de sistema de jogo com poucos dias de treinamento.
Primeiro ajuste: Fernandinho troca de lado e Fla se equilibra melhor no meio de campo (Foto: Raphael Zarko)
Até aquele momento o Palestino mandava no jogo no segundo tempo. Finalizou seis vezes contra nenhuma do Flamengo. Zé foi obrigado a tirar Fernandinho e colocou sangue novo. Fora lances de escanteio cortados pela zaga chilena, Marcelo Cirino foi o primeiro rubro-negro a tentar o gol. Em cruzamento de Mancuello, ele cabeceou tirando do goleiro, mas Luna salvou. Em seguida, Guerrero quase marcou. Sheik entrou para ocupar a posição de Mancuello, mas, com cacoete de centroavante, se posicionou mais perto da área. Numa escapada de Cirino, o peruano estava bem marcado, mas a bola sobrou limpa para Sheik escolher o canto.
Segundo ajuste: Cirino entra, Sheik ocupa vaga de Mancuello e time ganha força para atacar no fim (Foto: Raphael Zarko)
Zé justificou o esquema inicial com a preocupação nos avanços de Cereceda, lateral-esquerdo do Palestino. Preocupou-se em colocar Cuéllar por aquele setor, num losango de um tradicional, mas desequilibrado 4-4-2. Havia, porém, espaço até nos necessários avanços do colombiano para auxiliar Rodinei. Carvájal, Mazurek, Valencia e Benegas entravam com mais espaço naquele setor – dois abertos e um deles entre a linha de marcação de Cuéllar e Mancuello e Márcio Araújo. Apesar do desafogo pela esquerda, houve dificuldades para o Flamengo em boa parte do jogo.
É difícil imaginar que Zé Ricardo vá manter o esquema com losango no meio de campo e dois atacantes na frente. Talvez se Emerson Sheik estivesse na ponta dos cascos, pela característica que mistura jogador de lado dos campos, com toque de bola, aproximação na área e finalização, seria a alternativa ideal para o treinador. Mas é nítido que o técnico sente mais equilíbrio na equipe com dois volantes, dois pontas incansáveis abertos e um meia e atacante. Esse sistema exige aproximação dos setores e pode até isolar demais Diego, como já aconteceu em algumas partidas, mas tem mérito de ser melhor distribuído em campo.
DR: Zé Ricardo ouve Alan Patrick e meia pede volta ao esquema anterior no Flamengo (Foto: Raphael Zarko)
hj na atualidade o melhor técnico de futebol e o Tite, mas o Zé Ricardo vem mostrando bons trabalhos técnicos e muito humilde, ou seja com o passar dos tempos ele tmb vai ser um dos melhores técnicos do Brasil.
Acho muito bacana a atitude do Zé ao ouvir o jogador, prova que técnico-jogadores estão na mesma e fina sintonia. Tds tem muito a ganhar c isso, pois, a obrigação d ver o time melhorar, jogar bem e evoluir no decorrer de uma partida, n é só do tecnico. Parabéns Zé, Alan Patrick e ao time.
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a equipe esta unida.. parabéns Mengão
Isso significa que a equipe inteira está unida.. parabéns ao Zé Ricardo pela humildade de atender a um pedido do atleta ..que deu certo
hj na atualidade o melhor técnico de futebol e o Tite, mas o Zé Ricardo vem mostrando bons trabalhos técnicos e muito humilde, ou seja com o passar dos tempos ele tmb vai ser um dos melhores técnicos do Brasil.
Parabéns Zé Ricardo, vc é humilde em acatar o pedido de Allan Patrick para mudar de posição durante o jogo, vc é brilhante.
É isso aí!
Pra cima deles mengo.
Acho muito bacana a atitude do Zé ao ouvir o jogador, prova que técnico-jogadores estão na mesma e fina sintonia. Tds tem muito a ganhar c isso, pois, a obrigação d ver o time melhorar, jogar bem e evoluir no decorrer de uma partida, n é só do tecnico. Parabéns Zé, Alan Patrick e ao time.