Nadadores evitam críticas, defendem Patrícia e lamentam desmanche no Fla

28/12/2012 18:44

Nadadores evitam críticas, defendem Patrícia e lamentam desmanche no Fla

Sem um comunicado oficial do clube, Nicholas Santos, Joanna Maranhão e Tales Cerdeira ressaltam sucesso do projeto. Cielo prefere não se manifestar

Nadadores evitam críticas, defendem Patrícia e lamentam desmanche no Fla
Cesar Cielo, Patrícia Amorim e Nicholas Santos: projeto rendeu medalhas ao Fla (Foto: Satiro Sodré / Agif)


Não que tenha sido uma surpresa. Com a derrota da chapa de Patrícia Amorim nas eleições rubro-negras, a equipe de natação do Flamengo já se preparava para uma possível mudança de rumo. Mas, com a confirmação de que o clube não irá renovar os contratos para a próxima temporada, o discurso é cercado de lamentos. Fora do país para as festas de fim de ano, Cesar Cielo soube da decisão da nova diretoria através da imprensa e preferiu não se manifestar por ora. Os outros nadadores, ainda que tenham evitado críticas mais duras, demonstraram pesar com o fim do projeto rubro-negro.

Nicholas Santos deu ao clube a última medalha do grupo profissional. No início do mês, conquistou o ouro nos 50m borboleta no Mundial de piscina curta de Istambul. Em sua segunda passagem pelo Flamengo (já havia representado o clube da Gávea entre 2001 e 2002), o nadador ressaltou a boa relação com Patrícia Amorim e lamentou a decisão.

- Com a Patrícia no comando, já tínhamos uma relação mais longa com ela. O Edson (Terra Cunha Jr., antigo supervisor de esportes olímpicos) me mandou um e-mail parabenizando pelo Mundial, mas também não tinha posicionamento (sobre a renovação). A chapa azul, que ganhou a eleição, é que teria esse poder. Mas não falaram nada, estava aguardando um contato. Com a Patrícia, a confiança era enorme. Não conheço ninguém da chapa azul, mas espero que melhore a situação do clube. Era um projeto que dava supercerto, com grandes nadadores retomando a natação do Flamengo. Como eles não querem dar continuidade, querem priorizar o futebol, boa sorte – disse o nadador, que vai esperar o início do ano para decidir seu futuro.

A promessa do novo vice-presidente de esportes olímpicos do Flamengo, Alexandre Póvoa, de que os salários atrasados serão acertados soou como um alívio.
- Ótimo (que vão pagar os salários). É uma notícia boa (risos) – disse Nicholas.

Joanna Maranhão também preferiu evitar as críticas mais duras. Referência da equipe feminina do clube, a nadadora diz que “uma das melhores experiências” de sua vida de atleta chega ao fim.

- Foi sendo atleta do clube que conquistei três medalhas no Pan, fiz o índice olímpico, vencemos um campeonato Brasileiro depois de 10 anos. Foi tudo muito bom, me relaciono muito bem com todos e vi com meus próprios olhos os esforços de toda equipe técnica para fazer a natação do clube acontecer. E de fato fizemos – disse a nadadora, em entrevista por e-mail.
No pronunciamento que confirmou o fim dos contratos da equipe, Póvoa afirmou que a estrutura do clube não é a ideal para os nadadores. Joanna, no entanto, afirma que o fato não impossibilitaria a continuidade do projeto.

- A piscina do clube é de fato antiga, mas, no período que passei no Rio, eu consegui realizar meus treinamentos sem maiores problemas. Essa questão de estrutura física não é um problema exclusivo do Flamengo e, sim, do Brasil todo. Basta procurar as piscinas ideais para campeonatos no país. Tínhamos o (Parque) Maria Lenk, mas pelo visto vai ser fechado para reformas. Fico feliz que o clube tenha essa iniciativa de melhorar no aspecto físico e de infraestrutura, mas nada disso seria possível se a Patrícia não tivesse ressuscitado o esporte olímpico do Flamengo. Do que adiantaria reformar tudo sem gente pra treinar? Porque, antes dela, a piscina do Flamengo estava vazia. Hoje, tanto as escolinhas quanto as equipes estão lotadas. Um trabalho complementa o outro - afirmou.

Outro nome importante da equipe rubro-negra, Tales Cerdeira disse respeitar a decisão da nova diretoria. O nadador, no entanto, lamenta o desmanche do grupo.

- Não estava sabendo dessa decisão de acabar com a natação, embora tivesse uma ideia de que isso pudesse acontecer. Sabíamos que a nova diretoria tinha a intenção de concentrar todos os esforços no futebol, que é o carro-chefe do clube, e temos que respeitar a decisão deles. Só acho uma pena, porque o Flamengo estava fazendo um projeto muito bacana, e o esporte olímpico brasileiro perde muito com esse desmanche. Minha intenção era continuar no Flamengo, agora vou ter que procurar outro clube para me manter em alto nível – afirmou.

Nos últimos três anos, a natação do Flamengo cresceu no cenário nacional. Em maio de 2012, o clube colocou fim a um jejum de 10 anos sem conquistar o título do Troféu Maria Lenk, principal competição brasileira da modalidade. O clube travou uma disputa acirrada com Pinheiros e Corinthians, e igualou o primeiro em número de títulos: 13 para cada um.

1095 visitas - Fonte: Globo Esporte


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