No clássico entre Fluminense e Flamengo, no próximo domingo, a Justiça do Rio de Janeiro manteve a decisão de manter uma única torcida no Nilton Santos. No entanto, o Ministério Público do estado ofereceu um acordo aos grandes clubes para derrubar a medida e permitir novamente a divisão das arquibancadas em clássicos.
Se aceitarem, os clubes seriam multados em R$ 3 milhões em caso de brigas que resultem em morte ou ferimentos graves. As torcidas organizadas também seriam punidas, com a suspensão por três clássicos. Para o comentarista Lédio Carmona, as medidas propostas não terão nenhum efeito sobre a violência no futebol carioca.
- Chega a ser infantil essa questão de punir o clube por briga fora de campo. O clube não pode ser culpado por uma briga de baderneiros na rua. E o baderneiro é punido com três jogos fora do estádio. São coisas completamente inverossímeis, sem nenhum poder de transformação. Acho isso tudo uma grande perda de tempo.
Flamengo, Fluminense e a federação do Rio ainda lutam para reverter a decisão de torcida única para a final da Taça Guanabara, neste domingo. Para Lédio Carmona, não há nenhum meio de assegurar que os tricolores sejam os únicos no estádio Nilton Santos.
- O jogo de torcida única pode ser até mais perigoso que o jogo com as duas torcidas. Como você vai controlar que a torcida do Flamengo não vai comprar ingresso? Você tem um documento que prove qual é o seu clube? Você vai lá com qualquer camisa, compra ingresso e entra. O cara quer ver o jogo.
Chega a ser infantil esse tipo de decisão, porque você não tem controle. A torcida organizada do Flamengo, qualquer uma delas, pode entrar dispersa. Entra um grupo aqui, outro ali, no meio da torcida do Fluminense.
Nilton Santos, estádio do Botafogo, pode ter só a torcida do Flu na final da Taça Guanabara (Foto: Marcelo Baltar)
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