Só quatro meses se passaram desde o empate em 2 a 2, no Maracanã, pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro. O tempo, porém, foi o suficiente para que Flamengo e Fluminense, adversários nesta quinta-feira, às 17h (de Brasília), no mesmo palco, pela 27ª rodada do Brasileirão, se enfrentem com muitas mudanças e em situações diferentes.
O Flamengo, por exemplo, mandante no segundo turno, tem novo técnico. No 2 a 2, Zé Ricardo, hoje no Vasco, era o comandante. Depois da demissão do treinador, o colombiano Reinaldo Rueda foi contratado e estará na beira do campo nesta quinta-feira. Abel Braga segue à frente do Fluminense.
O Tricolor, porém, tem outras mudanças... E nada boas. Além da saída de um dos seus principais jogadores, Richarlison, a equipe caiu na tabela de classificação: era nono colocado em junho e está em 16º agora, apenas uma posição acima da zona de rebaixamento.
Flamengo
O técnico Zé Ricardo foi demitido no dia 6 de agosto, depois da derrota por 2 a 0 para o Vitória, na Ilha do Urubu. O colombiano Reinaldo Rueda foi contratado para o seu lugar. Essa, digamos, é a mudança que lidera as outras mudanças do Flamengo.
A chegada do treinador gringo mudou o estilo de jogo rubro-negro. Antes mais ofensivo e com o sistema defensivo exposto, o Fla passou a levar menos gols (seis gols em 13 jogos), mas marcar menos, também. Os laterais, que atacavam bastante, passaram a ficar mais na defesa, e a média de gols feitos, que era de 1,87 por partida, é de 1,07 com Rueda - o técnico, inclusive, tenta melhorar o ataque.
m quatro meses, o Flamengo chegou, também, à final da Copa do Brasil e perdeu nos pênaltis para o Cruzeiro. No Brasileirão, subiu de 10º para sétimo lugar, mas a disputa pelo título foi por água abaixo: o Rubro-Negro tem 39 pontos, contra 55 do líder Corinthians.
Por fim, na última semana o Flamengo apresentou seu novo vice-presidente de futebol, Ricardo Lomba. O presidente Eduardo Bandeira de Mello acumulava a função desde janeiro, quando Godinho foi preso. Será o primeiro jogo após a mudança nos bastidores.
Fluminense
Sem ganhar há cinco jogos, o Tricolor vive uma crise. Precisa voltar a ganhar para não correr risco de ingressar no Z-4, algo inédito na competição. A sequência de maus resultados, combinado com o vazamento de um áudio de Fernando Veiga, no qual ele define a receita do tricolor como de time pequeno, determinou a exoneração do então vice de futebol. E gerou protesto de torcedores.
Abelão tenta reencontrar um estilo de jogo. O sistema com três atacantes não existe mais, e a formação com três volante deve ser deixada de lado. Há necessidade: o time de então melhor ataque é agora o oitavo (34 bolas na rede). Não marca um gol de bola rolando há cinco rodadas.
Se está mal no Brasileiro, o Tricolor faz bonito papel na Sul-Americana. Eliminou a LDU, em plena altitude de Quito, e chegou às quartas de final, fase na qual enfrentará o Flamengo. Aliás, em cinco confrontos no ano contra o Rubro-Negro ainda não venceu: três empates e duas derrotas. Perdeu a final do Carioca, mas ganhou a da Taça Guanabara.
Fora de campo, a direção tenta encontrar um novo comandante para o departamento de futebol. A ideia de contar com Carlos Alberto Parreira ainda não foi concretizada. O ex-treinador, por dificuldade de agenda, reluta em aceitar o convite. Na terça-feira, torcidas organizadas, convidadas pela diretoria, irão ao CT conversar com jogadores e comissão técnica para demonstrar apoio.
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