O filme que deu origem à série: conheça os bastidores do choro alvinegro, em 2008

16/2/2018 09:30

O filme que deu origem à série: conheça os bastidores do choro alvinegro, em 2008

Atitude de atletas da seleção de vôlei um ano antes inspirou técnico Cuca a reunir jogadores do Botafogo em episódio que rende provocações de rubro-negros até os dias de hoje

O filme que deu origem à série: conheça os bastidores do choro alvinegro, em 2008
Às vésperas dos Jogos Pan-Americanos, o treinador Bernardinho decidiu cortar Ricardinho, então capitão da seleção masculina de vôlei. Em meio à crise, todos os atletas deram uma entrevista coletiva para falar sobre o assunto. A atitude do grupo, naquele 16 de agosto de 2007, chamou a atenção do técnico Cuca, do Botafogo:



- Achei muito legal. Gostaria de fazer isso aqui um dia - disse ele, depois de um treino em General Severiano.
Seis meses depois, estava feito. Indignados com a atuação do árbitro Marcelo de Lima Henrique na derrota por 2 a 1 para o Flamengo na final da Taça Guanabara, os jogadores do Botafogo foram à sala de imprensa do Maracanã para desabafar. Alguns deles, chorando. E não só os atletas. Também estavam Cuca e o então presidente alvinegro, Bebeto de Freitas.

O episódio ocorrido em 24 de fevereiro de 2008 deu origem a uma série de intrigas, rivalidades e provocações que 10 anos depois foi reavivada pelo gesto de Vinicius Junior ao comemorar um gol no clássico entre os dois times.

O GloboEsporte.com conversou com jogadores, dirigentes, integrantes da comissão técnica e membros do staff do Botafogo da época para reconstituir e entender como o episódio ocorreu.

Engasgado
Era a final do primeiro turno do Campeonato Carioca, mas o Botafogo encarava aquele jogo como uma espécie de revanche. Afinal, o Alvinegro perdeu o estadual de 2007 para o Flamengo nos pênaltis reclamando muito da arbitragem. Dodô marcou um gol legítimo, mas anulado por impedimento. No lance, o atacante recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso.

A final de 2008
Com uma equipe formada pela base que perdeu a final do ano anterior, o Botafogo tinha novamente o Flamengo pela frente, agora valendo o primeiro turno e uma vaga na decisão do Carioca. E os dias que antecederam o clássico foram de enorme carga emocional.

- Nos dias de preparação para o jogo falamos muito sobre a final de 2007 e sobre arbitragem. Sabíamos que deveríamos fazer em campo o máximo para evitar problemas nesse sentido. Mas faltou equilíbrio emocional ao time - reconhece um jogador.

A confusão começou quando, no segundo tempo, o árbitro Marcelo de Lima Henrique marcou pênalti do argentino Ferrero em Fábio Luciano. Naquele momento o Botafogo vencia por 1 a 0, e Ibson empatou.

O gol rubro-negro deu início a uma confusão entre o atacante Souza e o goleiro Castillo que logo envolveu todos os atletas. Souza e o alvinegro Zé Carlos foram expulsos. Zé Carlos deixou o campo chorando, e o volante Túlio, indignado, pediu para ser substituído. Foi demovido da ideia pelos companheiros de time.

- Não esqueço a maneira como o árbitro tratava o nosso time. Se pudesse, nem tocava mais nesse assunto. Ainda hoje fico revoltado - diz Túlio, que hoje é gestor de futebol do Goiás.

Lucio Flavio recebeu dois cartões amarelos e foi expulso no segundo tempo. Nos acréscimos, Diego Tardelli fez o gol da virada do Flamengo. No último lance da partida, o Botafogo ainda acertou a trave.

O vestiário
Reunidos no vestiário do Maracanã, jogadores, comissão técnica e diretoria se queixavam da arbitragem. Chegava o momento das entrevistas sobre o que havia ocorrido na partida. Mas a maioria dos jornalistas estava na sala de imprensa do Flamengo, que comemorava o título.

- Estão todos lá (nas entrevistas do Flamengo), tá vendo? Ninguém quer ouvir o que a gente quer dizer. Ninguém fala nada, então - chegaram a dizer alguns jogadores.

Mas logo começou o debate: além de Cuca, quem falaria com os jornalistas?

- Vamos falar pra quê? Ninguém quer saber. São sempre os mesmos que dão as entrevistas - disse um atleta.

Cuca incentivou, e os líderes do elenco se mobilizaram:

- Se é pra ir um ou outro, então vamos todo mundo.

No entanto, o movimento do grupo não foi unanimidade:

- Quando entrei no vestiário, já estava tudo armado. Fiquei puto, mas não tinha mais o que fazer - disse um integrante da diretoria da época.

A coletiva
Estavam todos na sala de imprensa diante dos jornalistas. O volante Diguinho, o meia Zé Carlos e os atacantes Wellington Paulista e Fábio, entre outros, choravam. Algumas declarações foram marcantes e deram o tom da dramaticidade com que o Botafogo encarava aquele momento.

Cuca: “Me desculpa muito, mas esses aqui são os campeões cariocas.”

Túlio: “Se eu fosse torcedor do Botafogo, no Campeonato Carioca eu nunca mais pisava no Maracanã pra assistir a um jogo.”

Bebeto de Freitas: “Hoje é meu último dia como presidente do Botafogo.”

O que os jogadores pensam hoje:

- Agora, 10 anos depois, pensando friamente, não foi válido fazermos aquilo por tudo o que veio a acontecer na sequência. Mas naquela hora, com os nervos à flor da pele, fizemos o que achamos melhor para demonstrar nossa insatisfação - lembra hoje Lucio Flavio.

- A gente se arrepende, sim, quando as coisas se tornaram complicadas nesse sentido, né? No campo às vezes parece que o juiz atrapalha o trabalho do jogador. Foi a primeira final com o Flamengo que a gente perdeu. Eu machuquei e não consegui jogar. Foi um momento um pouco ruim porque a gente teve que se defender praticamente como um... Como se fala? Um delinquente, um safado. Mas foi mais circo do que outra coisa. O time inteiro estava muito decepcionado, mas isso já é passado - analisou Castillo, ao ser perguntado sobre o tema.

Os dias seguintes
Para o Botafogo, restava tentar superar o que havia ocorrido e direcionar suas forças para a Copa do Brasil. A estreia ocorreu três dias depois, no Acre, com vitória por 3 a 1 sobre o Rio Branco. Mas naquela quarta-feira o Flamengo não deixaria seu rival esquecer.

Num camarote da Arena da Floresta, dirigentes e integrantes da comissão técnica assistiram por uma televisão os gols da vitória do Flamengo sobre o Cienciano, pela Libertadores. No Maracanã, o atacante Souza criava o gesto que naquele momento indignou a delegação alvinegra, mesmo a três mil quilômetros de distância. Dez anos depois, os capítulos desta série de rivalidade ainda são escritos.

2571 visitas - Fonte: Globoesporte.com


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engraçado guando eles ganharam de 6 a 0 , tiravam sarro sempre sacaneando , agora estão puto pelo chororo , bando de chorão .

VOCÊ QUE ESTÁ CANSADO DE TER POUCA PROGRAMAÇÃO DE TVV ASSSINATURA E NÃO CONCORDA COM OS VALORES COBRADOS
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