O Fluminense foi o primeiro clube a assinar contrato para mandar jogos no novo Maracanã e pretende transfomar o principal estádio do Rio de Janeiro em uma casa tricolor. Apesar de o Flamengo também estar perto de fechar negócio com o consórcio que administra o local, a diretoria do Flu se antecipa ao rival e já age para garantir alguns direitos. Entrada e setor fixos nos clássicos e vestiário personalizado foram, por enquanto, os principais pedidos.

Nesta quinta-feira pela manhã, uma comitiva de dirigentes de futebol do Fluminense e da área de marketing visitaram o Maracanã para analisar detalhes e definir como será o funcionamento nos jogos. O diretor executivo Rodrigo Caetano esteve lá, aprovou o local e explicou que o clube já escilheu um dos quatro vestiários disponíveis no estádio.

"Nós identificamos nossos interesses, solicitamos algumas coisas e esperamos ser atendidos. Pedimos um dos vestiários e a ideia é customizá-lo. Gostei muito do que vi. Fui ao Maracanã na Copa das Confederações, ele está do tamanho do novo cenário do futebol brasileiro. Estamos acertamos detalhes com o consórcio", afirmou o dirigente tricolor.

No velho Maracanã, antes da reforma, apenas Flamengo e Vasco tinham setor fixo nos clássicos, enquanto Fluminense e Botafogo se revezavam. Agora, o Tricolor deve entrar sempre pela Uerj, lado onde os vascaínos estavam acostumados a usar. Já os rubro-negros, se fecharem acordo, devem manter a entrada pela estátua do Bellini.

Peter Siemsen e João Borba, em entrevista nas Laranjeiras
Na entrevista coletiva da última quarta-feira, quando o Fluminense assinou o contrato com o consórcio Complexo Maracanã Entretenimento S.A, o presidente Peter Siemsen disse que as negociações do clube não tem nenhuma relação com os rivais e evitou falar sobre o que pede o Flamengo.

"Cada clube vive o seu momento. Esta questão não merece ser discutida porque nunca aconteceram conversas sobre o assunto. Cada um busca o melhor para si, e o Fluminense firmou um contrato no qual se sente muito seguro em todas as questões", disse Siemsen, que esteve ao lado de João Borba, presidente do consórcio.

Pelo acordo firmado por 35 anos, o Fluminense terá custo zero para atuar no Maracanã, já que o consórcio será o responsável pelo pagamento de todas as despesas das partidas. Além disso, o clube ficará com a receita de 43 mil ingressos que terá à disposição para vender, o que siginifica 56,6% da capacidade máxima do estádio. Por outro lado, o Flu não receberá nada pelos camarotes e não terá direito à exploração dos, bares, restaurantes e estacionamento.

O primeiro jogo do Flu no novo Maracanã já estava confirmado antes mesmo da assinatura, será contra o Vasco, no próximo dia 21, pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro. Ainda não estão definidos os preços e nem os detalhes de divisão de renda nos clássicos cariocas.