O Flamengo acerta os últimos ponteiros com o Consórcio Maracanã para levar uma proposta ao Conselho Deliberativo. Os conselheiros do clube aprovaram na noite dessa terça-feira o balanço de 2017, em continuação da reunião suspensa no último dia 27 de abril. Para o presidente Eduardo Bandeira de Mello, qualquer resultado diferente no encontro "seria absurdo".
Em texto publicado no site do Flamengo, Bandeira e o vice-presidente de gabinete, Pedro Almeida, destacaram os números positivos das contas do ano passado, com arrecadação recorde (R$ 648,7 milhões) e queda de 23% do endividamento líquido (agora em R$ 334 milhões).
Bandeira considera que os resultados administrativos serão alavancas para a "solução definitiva de estádio" para o clube, seja como concessionário do Maracanã ou na construção do estádio próprio. Em entrevista na saída da reunião na Gávea, Bandeira admitiu que o acordo a longo prazo com o Maracanã, revelado pelo GloboEsporte.com, está próximo.
- É uma negociação que está avançando, mas qualquer coisa vai depender da aprovação do Conselho Deliberativo. Se a gente vier a assinar alguma coisa, vai ser com cláusula de eficácia. Ou seja, ele só vale com a aprovação do Conselho Deliberativo - disse Bandeira.
Questionado sobre um acordo de quatro anos próximo do fim da gestão do governador Luiz Fernando Pezão, que ainda não fez a nova licitação para o estádio, e da própria administração Bandeira no Flamengo, o presidente garantiu que qualquer assinatura vai proteger o clube.
- Qualquer acordo vai ter que ser superprotegido. Nosso jurídico aqui é campeão, então vai ter todo tipo de salvaguarda para qualquer situação que acontecer no futuro. Inclusive, se for aberta nova licitação, seja no governo Pezão, seja no próximo governo, o Flamengo é candidato a ser concessionário do Maracanã - reafirmou Bandeira.
O Flamengo ainda estuda o cenário. Isso por que a rescisão unilateral do contrato de três anos assinado com a Portuguesa prevê multa ao Rubro-Negro. O investimento total no estádio Luso-Brasileiro beirou os R$ 20 milhões - aos R$ 12 milhões orçados inicialmente somou-se R$ 7,5 milhões pela obra do canal fluvial que passava pela área do campo do clube da Ilha.
- Isso (sair da Ilha) ainda não está resolvido. Tudo está sendo avaliado, mas tenho certeza que será resolvido da melhor maneira possível - afirmou.
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