Membros de torcida organizada do Botafogo são detidos — Foto: André Durão/GloboEsporte.com
Os confrontos do último sábado entre torcidas organizadas antes do clássico Flamengo e Botafogo deixaram um flamenguista morto e cerca de 60 botafoguenses detidos. A jornalista Amanda Kestelman, que estava no estádio Nilton Santos e acompanhou a chegada do ônibus da torcida organizada alvinegra, explicou à bancada do Redação SporTV tudo que viu e o que soube sobre a briga que teve como palco uma das principais vias do Rio de Janeiro, a Avenida Brasil.
- Um grupo estava escoltado indo para o Nilton Santos, uma organizada do Botafogo, segundo o tenente coronel do Bepe, eles viram um grupo de torcedores do Flamengo e forçaram o motorista a parar. Ali na hora que foram autuados você via eles dando uma versão diferente dizendo que foram atacados, mas a polícia disse que não foi nada disso. O motorista do ônibus estava passando mal, tremendo, alguns torcedores do Botafogo sangrando, machucados... É lamentável.
A partir disso, os jornalistas tentaram encontrar motivo e solução para casos deste tipo. A falta de atitude das diretorias dos clubes e a possibilidade de clássicos com torcida única foram temas de discussão. Para Carlos Cereto, o motivo das diretorias não tentarem resolver o problema é o medo que têm das organizadas.
- Eu já conversei com dirigentes de clubes a respeito em situações de invasão de CT e tudo mais. Eles falam sempre que têm medo da cúpula destas torcidas por questões de crime organizado. Então tem que colocar o dedo na ferida, denuncia para a polícia, coloca a polícia para investigar.
- Como é que o cara mata? Se o cara mata, ele é criminoso. Clubes de futebol não podem se associar com criminosos. Aí quando a gente bate nas torcidas organizadas, o pessoal fala que não pode generalizar. Então a torcida organizada que faça alguma coisa para provar que é decente. Já começa errado quando elas vão escoltada para os estádios de futebol - completou.
Cereto ainda afirmou que a violência não tem relação com torcida única em clássicos. Para ele, está mais do que provado que esta solução é uma falácia e não evita qualquer tipo de confronto. Em seguida, o apresentador Marcelo Barreto lembrou do primeiro jogo da final da Libertadores, deste domingo, entre Boca Juniors e River Plate. Afirmou que esta decisão entre clubes argentinos apenas com a torcida mandante na Bombonera, foi uma derrota.
- Havia muito medo de que isso (a violência) acontecesse em Buenos Aires. O jogo lá foi de torcida única, o que eu continuo considerando triste. Foi uma derrota. Eu acho que uma final histórica como esta merecia a presença das duas torcidas (...) Mas a maior derrota que existe no futebol é alguém morrer por causa de jogo. Isto não tem nada parecido.
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