'Rei do Aterro', ala do Fla pensou em largar tudo com saudade da família

22/7/2013 11:24

'Rei do Aterro', ala do Fla pensou em largar tudo com saudade da família

Natural de Rondonópolis, no Mato Grosso, ala de 21 anos é o destaque do invicto time rubro-negro na LDB com 15 pontos e oito rebotes por partida

Rei do Aterro, ala do Fla pensou em largar tudo com saudade da família
Quando não está em quadra pelo Rubro-Negro, o ala Diego Marques sempre encontra um tempinho para bater uma bolinha no Aterro do Flamengo e comprovar sua fama de dono do pedaço (Foto: Marcello Pires)

As peladas em quadras acanhadas - muitas vezes com os aros tortos e sem rede - que o consagraram como 'Rei do Aterro' foram as mesmas que impressionaram seus primeiros professores no Mato Grosso. A única diferença foi a distância onde elas foram disputadas. O sonho de Diego Marques de se transformar num jogador profissional começou aos 9 anos e seguiu intacto até desembarcar no Rio de Janeiro ao lado da mãe, oito anos depois, para tentar a sorte nas categorias de base do arquirrival Fluminense. Tudo começou no pequeno município de Rondonópolis, onde assistia ao irmão Rodrigo, sete anos mais velho, com a bola laranja nas mãos. Hoje, vestindo a camisa do Flamengo, Diego foi o maior pontuador da equipe na primeira fase da atual edição da Liga de Desenvolvimento de Basquete (LDB), espécie de NBB para jogadores até 22 anos.

- Comecei a jogar cedo, aos 9 anos, inspirado no meu irmão Ricardo. Passávamos o dia brincando na rua até que um dia me convidaram para integrar a seleção do Mato Grosso, e acabei aceitando. Disputei o Campeonato Brasileiro pelo meu estado, e o Alfredo, que trabalha com o Bento, meu agente até hoje, me viu jogar e me indicou para o Fluminense - lembrou o ala de 21 anos.
O primeiro endereço na cidade grande foi o Catete, bairro vizinho de Laranjeiras, sede do Tricolor, mas a primeira lembrança que Diego guarda do Rio de Janeiro já teria uma certa ligação com o futuro time. À procura de uma quadra que o deixasse perto das habituais peladas, o ala foi aconselhado a bater sua bolinha no Aterro do Flamengo dois dias depois de chegar à Cidade Maravilhosa.

- Foi o primeiro lugar que conheci no Rio de Janeiro, e acho que por isso me marcou tanto. Sempre que posso venho aqui bater uma pelada e jogar apenas por prazer, sem a pressão das competições. Sem falar que aqui eu arrebento, né! (risos). No meu primeiro ano, só fui perder uma partida depois de nove meses. Aqui eu sou rei - brincou Diego.

Mas nem tudo foi fácil. Longe de casa e com saudades da família, Diego lembra que não quis voltar para o Rio de Janeiro após passar férias em Mato Grosso, em 2009.

- Fui passar férias em casa e não quis voltar. O Bento e o Tchelo (Marcelo Bunte, coordenador geral do basquete do Fluminense) é que tiveram que me convencer. Sou do interior, caseiro, muito apegado à família, e aqui tudo é muito acelerado. No início, fiquei assustado mesmo, foi muito difícil.

Com média de 15 pontos e oito rebotes por partida na primeira fase da LDB, Diego foi o principal jogador na campanha de nove vitórias em nove partidas disputadas pelo Flamengo em São Sebastião do Paraíso, em Minas Gerais, pelo Subgrupo A1. A nove dias da estreia na segunda fase da competição, dia 31 de julho, contra o Grêmio Náutico União, em São José dos Campos (SP), ele assume o protagonismo do jovem time rubro-negro.

- É bem diferente ser protagonista. A cobrança é muito maior, e não dá para perder o foco. É preciso ficar ligado em quadra os 40 minutos. No adulto, querendo ou não, a responsabilidade fica com Marcelinho, Marquinhos, Benite...Eu que tenho que me encaixar no esquema deles. No sub-22 não, eu tenho que dar o máximo e comandar a equipe - explicou Diego, que fez parte do elenco rubro-negro campeão do NBB 5.

Fã do companheiro Marcelinho, de quem ganha conselhos importantes, Diego às vezes parece meio desligado. Skatista nas horas vagas, não tem celular e está solteiro. Com hábitos tão simples, não é de espantar que o tatuado ala rubro-negro destaque a amizade e a união como principais armas da equipe comandada pelo técnico Paulo Chupeta.

- Nosso time em um potencial muito grande e ainda poderá ter os reforços do Gegê e do Cristiano Felício, que estavam com a seleção na Universíade. Mas nosso diferencial são a união e a amizade. O Chupeta dá liberdade para todo mundo, e todos são importantes. Somos uma família, e o ambiente é muito bom - completou.

1594 visitas - Fonte: Globo Esporte


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