Os setores mais caros do Maracanã, comercializados ao preço de R$ 300, ficaram vazios no clássico entre Fluminense e Vasco, no último domingo, pelo Campeonato Brasileiro. Apenas as cadeiras atrás dos gols, cujos ingressos foram vendidos pelos clubes, registraram nível elevado de ocupação. Um quadro que forçará a revisão das entradas mais caras pelo consórcio administrador da arena, na opinião do comentarista do SporTV Lédio Carmona.

- Vão ter que fazer uma revisão, se não vamos sempre ver buraco no estádio, com gente atrás dos gols e, no meio, menos pessoas. Não é todo mundo que vai pagar R$300. É melhor pagar R$60 e ver cinco jogos.

Após fechar contrato para mandar seus jogos no Maracanã pelos próximos 35 anos, o Fluminense passa a ter o lado direito das tribunas de imprensa a seu favor para a comercialização de ingressos - no último jogo, o preço mais em conta era R$60, com meia-entrada. Já os setores ao lado do campo são vendidos pela empresa responsável por gerir o estádio, a Maracanã S.A. A entrada mais barata saiu por R$100, nas cadeiras do setor mais elevado. A área mais nobre, próxima do gramado, chegava a R$300.

- Quem paga R$300 é aquele que paga para um jogo, como um turista ocasional. Mas dessa forma não vai lotar - disse o apresentador André Rizek.

Lédio ressaltou que o preço caro do ingresso no Maracanã não vai privilegiar o torcedor que acompanha seu time durante todo o Campeonato Brasileiro. Segundo ele, o setor vai ficar restrito a visitantes ocasionais.

- Eu já paguei R$300 para ver um jogo do Barcelona (estádio Camp Nou), em 2011, mas não voltei lá desde então - disse.

Vitorioso no clássico por 3 a 1, o Vasco ocupa a 11ª posição na tabela do Brasileirão, com 10 pontos. O Fluminense caiu para 14º, com 9. O Cruzmaltino enfrente o Criciúma, em São Januário, neste sábado, enquanto o Fluminense visita o Grêmio, na Arena Tricolor, no dia seguinte - os jogos são válidos pela 9ª rodada.