Quando entra em campo para defender o gol do Flamengo, Felipe não esquece de carregar seu terço. Antes de ajeitar luvas, uniformes e fazer a tradicional conferência das traves, o goleiro posiciona sua corrente dentro da meta e mostra toda sua fé. E na tarde desta segunda-feira, no desembarque da delegação rubro-negra no Rio de Janeiro após a derrota para o Internacional em Caxias do Sul (RS), não foi diferente.

Muito religioso, o camisa 1 do Flamengo lembrou da chegada do Papa Francisco ao Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude e revelou a vontade de ver o Pontífice de perto.

“Estou feliz com a vinda dele, queria ter a chance de vê-lo de perto, mas espero que só com o fato de estar aqui possa nos abençoar, que domingo a gente faça um grande jogo”, disse Felipe, já projetando o clássico do próximo fim de semana, contra o Botafogo, no Maracanã.

“Espero que essa semana seja abençoada mesmo. Estamos precisando”, brincou, antes de falar sério e comentar também a situação do Brasil. “Espero que o Papa acalme os ânimos nesses protestos. Muita gente fez besteira aí, vandalismo. Vamos torcer para que ele traga a paz e a calma”.

Por fim, Felipe comentou a atuação do time e a sua no revés para o Internacional. Ele disse que não falhou no lance do gol, quando perdeu a dividida com atacantes do time gaúcho e viu Juan cabecear para o fundo das redes aos 46 minutos do segundo tempo.

“Não acho que foi falha. Dividi com dois jogadores do Inter. Se eu ficasse no gol, não sei se algum deles poderia cabecear. Às vezes o goleiro divide, e a bola sai. Nesse caso ela sobrou para o Juan. Quando o goleiro sai, chama a responsabilidade. Não sei se faltou sorte. Talvez um pouco mais de atenção”, analisou.

Além de "abençoada", a semana de trabalhos será cheia. Sem jogos no meio de semana, o técnico Mano Menezes terá cinco dias de treinos antes do confronto contra o Botafogo no domingo. A ideia é que neste período o comandante rubro-negro faça ajustes e decida se irá utilizar o recém-contratado André Santos.