Foice afiada e o melhor mentor do lado. A temporada ainda nem começou para valer, mas Henrique Dourado tem motivos para começar 2019 ao menos de astral renovado. O reencontro com Abel Braga aumenta a confiança de um ceifador que até terminou o ano passado como goleador do Flamengo - ao lado de Lucas Paquetá, com 12 gols -, mas sabe que não é suficiente.
A passagem do Flamengo por Orlando soa como um flashback para o camisa 19 rubro-negro. Foi durante a Florida Cup que Dourado decidiu que deixaria o Fluminense, há um ano, e encerraria a parceria de sucesso com Abel. Em 59 jogos sob o comando do treinador em 2017, foram 32 gols, média de 0,54 por partida, que lhe renderam o posto de artilheiro do ano.
- Quando o Abel chegou ao Fluminense, contribuiu bastante, a equipe encaixou e ele me deu sequência, confiança para trabalhar. Isso é importante para um atacante, juntamente com o trabalho do dia a dia. É um cara que por onde passa os atacantes acabam sobressaindo - disse o o centroavante.
O Ceifador sabe que o passado com Abel Braga não será suficiente para garantir a condição de titular em disputa com Uribe e Lincoln (que está com a seleção sub-20). O ano de 2018 já o mostrou que retrospecto não entra em campo e promete não medir esforços para cumprir com a camisa rubro-negra a expectativa depositada em sua contratação.
- Tudo isso tenho que colocar em prática, né? Dentro de campo. Em 2017, fui artilheiro do Brasil, a expectativa em 2018 foi muito grande e gerou uma pressão, algo que tive que absorver. Foi um ano de muito aprendizado, apesar de ter sofrido com as críticas. Procuro sempre ver as coisas pelo lado positivo (...) Fui artilheiro da equipe no ano, apesar de não ficar satisfeito. Não fiquei contente porque sei do meu potencial, do que posso render para o time.
Na primeira temporada rubro-negra, Dourado entrou em campo 40 vezes e marcou 12 gols (cinco em sua especialidade, as cobranças de pênalti), média de 0,32.
Em entrevista ao Esporte Espetacular, Abel foi questionado por Zico sobre a parceria de sucesso com o Ceifador, mas evitou comentários direcionados. O técnico, entretanto, deixou claro a vontade de estabelecer um esquema que permita muitas oportunidades para os centroavantes.
- Todas as equipes que eu dirigi normalmente trabalham pelas laterais do campo, eles são fundamentais, e eu sempre joguei realmente com um homem de área. Pode ser com Dourado, com Uribe, com Lincoln... Acho que é a maneira mais fácil de se chegar ao gol adversário.
Na temporada passada, apenas 16 dos 97 gols do Flamengo foram marcados por homens de área com bola rolando: Henrique Dourado, Uribe, Lincoln e Guerrero. Para 2019, o clube busca a contratação de Gabigol, artilheiro do Brasileirão e que está sem espaço na Inter de Milão. O clube enfrenta a concorrência do West Ham, da Inglaterra, por empréstimo de uma temporada.
Quinta-feira, na abertura da temporada, as opções serão somente Dourado e Uribe para o confronto com o Ajax, às 22h (de Brasília), no estádio do Orlando City.
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