As declarações são curtas, mas, como de costume, consistentes. Gabriel parece querer falar menos e fazer mais. Antes unânime no Flamengo, o baiano ficou no banco justamente diante do Bahia e sabe que precisa recuperar em campo seu espaço na equipe. A lesão na coxa direita o atrapalhou. Mano Menezes, porém, demonstrou confiança ao sacar Carlos Eduardo, Paulinho e Adryan e mantê-lo entre os titulares. Contra o Atlético-MG, domingo, o camisa 10 tem a chance de voltar aos melhores momentos do início da temporada, e demonstra conhecimento do rival para dar conta do recado.

Sincero, Gabriel não nega que a ausência de R10 é um benefício para o Flamengo. Entretanto, liga o alerta e lembra que um relaxamento diante disso pode ser fatal.

- O Ronaldinho é um gênio do futebol mundial. Precisa de todo cuidado do mundo com ele, mas quem entrar vai dar muito trabalho. A equipe do Atlético é qualificada. É um time muito forte, com uma bola aérea muito boa, tanto que chegaram ao título (da Libertadores) assim. Temos que nos preocupar, treinamos muito para isso.

Com o novo esquema tático rubro-negro, com três volantes, cabe a Gabriel a missão de municiar o ataque. O meia assume a função, mas deixa claro que não tem características de um meia clássico.

- Sou um jogador de movimentação. Não sou um meia centralizado. É sempre bom chegar gente para ajudar o grupo. O Mano ainda não decidiu o time, só testou. Qualquer formação escolhida, o que vale é a atitude. Cada um vai desempenhar o seu papel para que as coisas deem certo em campo.

Por fim, o jogador fugiu do lugar comum do elenco, que bate na tecla de briga por título, e admitiu que o Flamengo tem que pensar primeiro em fugir da zona de rebaixamento.

- Temos que pensar passo a passo. Primeiro, temos que sair dessa situação e depois pensar em chegar lá na frente.

Com 10 pontos em 10 jogos, o Flamengo é o 17º colocado no Brasileirão, e encara o Atlético-MG domingo, às 16h (de Brasília), no Mané Garrincha, pela 11ª rodada.