Foi a cabeçada de Ronaldo Angelim, naquela tarde escaldante de um típico verão carioca, que deu o hexacampeonato brasileiro ao Flamengo, em dezembro de 2009. Somados a ela, as geniais jogadas de Petkovic, os gols de Adriano Imperador e um time que ressurgiu em meio ao Brasileirão, guiado pelas mãos de um genuíno rubro-negro: há exatos 10 anos, Andrade assumia o Mais Querido para, contrariando todos os prognósticos, se tornar também campeão como treinador.



Se nos gramados Andrade formou, ao lado de Adílio e Zico, o melhor meio de campo da história rubro-negra, sua competência foi posta à prova fora dele, ao assumir, em 23 de julho de 2009, um time na fila há 17 anos, em crise no 11º lugar da tabela, flertando com a zona de rebaixamento e com apenas 1% de chances de levantar a taça. De interino a efetivo, bastaram duas vitórias:

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– Tudo aconteceu muito rápido. Eu estava como auxiliar. Em dado momento fui avisado que seria o treinador interino. Foi tudo muito rápido mesmo. Dois jogos depois já estava no cargo. E como já estava acompanhando o dia a dia do grupo, tinha a vantagem de conhecê-lo. Sabia o que podia melhorar. Tínhamos que estar mais fechados, unidos. Diziam que íamos brigar para não cair. A matemática nos dava 1% para sermos campeões. Não é todo dia que isto acontece. Marcou muito –, afirmou Andrade, que prosseguiu, opinando sobre o time de 2019:

– O time tem muitos jogadores de qualidade. Mas eles precisam ser mais competitivos. Precisam ter mais determinação sem a bola. Serem competitivos mesmo. Entenderam a importância de participar até mesmo sem a bola. Ter uma vontade maior de ganhar. Ter a mesma determinação sem bola e estarem fechados. Qualidade não falta – finalizou.




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