Cuéllar ainda debate transferência e pode deixar o Flamengo (Imagem: Gilvan de Souza / Flamengo)


Foram 72 horas de intervalo do pedido para não embarcar para Fortaleza, local da vitória por 3 a 0 sobre o Ceará, até o anúncio da reintegração ao elenco do Flamengo. De volta ao convívio do grupo, Cuéllar chegou em Viamão, cidade que serve de quartel-general rubro-negro antes do jogo de hoje contra o Internacional, às 21h30, em Porto Alegre, pelas quartas da Libertadores.



A presença do colombiano, no entanto, não encerra de uma vez uma polêmica que ocorre há tempos. Com proposta do Al-Hilal, da Arábia Saudita, o jogador voltou a ser opção para Jorge Jesus, que avalia a sua escalação no Beira-Rio. Se por um lado tem à disposição alguém com status de titular, por outro corre o risco de usar um atleta que pode estar com o "pensamento longe". Antes da "reconciliação", o caso chegou a ser entregue ao departamento jurídico do Fla.



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O camisa 8 alegou problemas particulares para não atuar no Castelão. Independentemente de questões domésticas, o impasse com a oferta de cerca de 8 milhões de euros pelo jogador (R$ 36,4 milhões), além de um salário mensal três vezes maior do que o pago na Gávea, está no centro da discussão. Os cariocas acenaram com um possível reajuste, mas isso, inicialmente, não foi suficiente para sensibilizar Cuéllar, que participou das atividades de ontem.

Em meio à polêmica criada, a assessoria do atleta informou que nada será dito até o desfecho da disputa continental. Para que o desconforto fosse minimizado, o vice de futebol Marcos Braz entrou em cena e selou a reintegração. Com a cara de poucos amigos, o rubro-negro voou até a capital gaúcha e foi flagrado por torcedores que estavam no mesmo avião. A transação, contudo, segue em banho-maria. Na Gávea, há quem garanta que o Fla não deve liberá-lo, mas o tema divide opiniões, já que um atleta insatisfeito é tudo que Jesus não precisa no momento.

"É um companheiro a mais, precisamos dele para a equipe. É primordial, sabemos que é um grande jogador. Se está disponível, precisamos de todos", disse o zagueiro Pablo Marí.

Com mais este episódio, o treinador português amplia a cada vez mais extensa lista de mistérios em jogos importantes. Antes de decidir a vaga nas quartas contra o Emelec, segurou até o último minuto a informação se usaria Arrascaeta e Éverton Ribeiro, que ainda não estavam 100% recuperados de lesões. Ambos jogaram. No jogo de ida ante o Colorado, tirou Gabigol da lista de relacionados. O camisa 9 foi confirmado horas antes da partida e atuou no Maracanã.

"O símbolo do Flamengo é que está acima. Não é jogador, não é treinador. Quando alguém pensa que está à frente do clube, vai ter sempre problemas", disse o comandante logo após o triunfo de domingo, em referência a Cuéllar.



Sem Willian Arão, suspenso, o luso quebra a cabeça para montar o setor responsável por conter o adversário, que precisa tirar uma derrota de 2 a 0 sofrida no jogo de ida. Com algumas horas antes de a bola rolar, a tendência é que uma dose de mistério ainda ronde o rubro-negro até lá.

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