Não tem para ninguém: Lauro, da Lusa, roubou a cena na superquarta do Brasileirão. Ele provou que pode demorar até uma década, mas o raio cai duas vezes no mesmo lugar.

Em 3 de agosto de 2003, Lauro, então ‘goalkeeper' da Macaca, evitou a derrota para o Urubu com um gol de cabeça na bacia das almas, em Campinas.

Repetiu o incrível feito no estádio Mané Garrincha, empatando o duelo contra o Flamengo no último lance da partida. Deixou 12.511 torcedores simplesmente atônitos, de queixo caído e rogando praga.

Por obra e graça do herói da Lusa, o time carioca segue sem ganhar duas partidas seguidas no campeonato. Já a equipe paulista continua na zona do rebaixamento, mas pode orgulhar-se de ter pelo menos ‘o cara' da rodada.

No aquário da Vila Belmiro, esperava-se um chocolate do ‘bando de loucos' no Peixe, principalmente depois que Paulo André abriu o placar, logo a 3 minutos de jogo.

Mas o Peixe, mais ligado que rádio de preso e muito diferente daquele time que foi vergonhosamente massacrado pelo Barcelona, não jogou a toalha.

Ao contrário. Acuou o Corinthians, chegou ao empate (Wilian José) e até merecia o triunfo, já que foi muito superior em campo.

Com defesa, meio de campo e ataque mais enrolados que namoro de cobra, o Corinthians disputou uma de suas piores partidas na temporada. Um show de horror que brecou a arrancada do time rumo ao G4 depois de duas vitórias.

Enquanto vencia por 1 a 0, estava em terceiro lugar; com o empate, caiu do sétimo para o oitavo lugar. E deve agradecer a São Jorge por ter voltado para casa com um pontinho.

Às outras bordoadas e caneladas da 12ª rodada do Brasileirão:

1) Sem Seedorf, Botafogo fica duas vezes em vantagem, porém acaba cedendo o empate (2 a 2) para o Galo, que deixa o subsolo da competição e ainda coloca o coirmão Cruzeiro na liderança - Ronaldinho Gaúcho volta ao campeão da Libertadores e gasta a redondinha;

2) Gol de letra de Ricardo Goulart, no final da partida, manda Tigre catarinense para o espaço e garante triunfo e liderança à Raposa (2 a 1) - Criciúma completa quatro jogos sem vencer;

3) Fred ‘Slater' dá as caras no fim do jogo e evita queda do Fluminense diante do Leão baiano, que saiu na frente com o artilheiro Maxi Biancucchi - time do ‘pofexô' Vanderlei Luxemburgo continua ‘virgem' fora de casa;

4) ‘Vovô' Paulo Baier derruba ‘Bahêa' e confirma ascensão do Furacão: quarto triunfo consecutivo e quinto lugar na tabela;

5) Walter, o gordinho xodó da torcida do Goiás, marca dois e derruba Náutico (2 a 1) no Serra Dourada - time pernambucano segue firme e forte na lanterna.


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Bibelô. Os ucranianos do Shakhtar Donetsk prometem tratar o garoto Bernard a pão de ló, ou melhor, com muito arroz e feijão (seu prato preferido), se aceitar a proposta do clube. Ele também será recompensado com R$ 1 milhão por mês, livre de impostos, mansão de filhinho de papai e motorista particular, além de passagens para visitar BH sempre que sentir saudade do pão de queijo.

Sugismundo Freud. Quanto mais se presta atenção em gente ruim, mais ela incomoda.

A vida é bela. O pujante ludopédio paulista informa aos pobres coirmãos: os jogadores da Francana, da Série A3, vivem nababescamente. Têm à disposição um casarão que pode receber 15 pessoas. A lamentar: são 35 profissionais. Assim, há rodízio para dormir nos quartos, na sala e até na cozinha. Por enquanto, o banheiro está livre. As refeições também são de primeira: antes do jogo com o Noroeste, os atletas comeram um belo prato de... arroz. E mais nada. Bem alimentados, empataram em 1 a 1, pela Copa Paulista. Felizes da vida, já comunicaram as mordomias ao sindicato dos atletas.

Dona Fifi. Imortal Grêmio colecionou um rombo superior a R$ 45 milhões nos primeiros seis meses, boa parte dele fruto da folha de pagamento de R$ 8 milhões.

Papai Noel. O Circo Brasileiro de Futebol resolveu mostrar às ligas europeias o poderio financeiro das chuteiras furadas. O carismático Zé da Medalha abriu a burra. Nas oitavas de final, cada time receberá R$ 500 mil. Nas quartas, os oito classificados embolsarão R$ 700 mil. Os semifinalistas colocarão R$ 800 mil na poupança. Já o vice-campeão vai chorar as pitangas sobre R$ 1,8 milhão, enquanto o campeão poderá aplicar R$ 3 milhões no banquete da vitória. Ou 12 vezes menos que o ganhador da Liga Europa.

Twitface. Felipe Massa confirma: depende de bons resultados nos próximos GPs para continuar na Ferrari em 2014. Está de saída.

Gilete press. De Bernardo Itri, na 'Folha': "O processo de reestruturação financeira do Palmeiras chegou ao vestiário. Os membros da comissão técnica -inclusive Gilson Kleina- e dos departamentos médico e físico tiveram um corte em seus bichos (bônus pago por jogo). A premiação destinada aos jogadores, porém, não sofreu alterações." Apertem o cinto, a grana sumiu!

Tititi d'Aline. O nobre presidente Paulo Nobre já pediu R$ 20 milhões em empréstimos pessoais para pagar os papagaios do Palmeiras.

Bola de ouro. Alan Kardec. Um 'matador' em ponto de bala no ninho dos periquitos em revista: quatro gols em cinco jogos. Já fuzilou o fantasma do pirata Barcos.

Bola de latão. São Paulo. Três decisões em uma semana, com ótimos resultados no exterior: quarto lugar na Audi Cup, atrás de Bayern de Munique, Manchester City e Milan; campeão da Copa Eusébio, à frente do Benfica, e vice da Copa Suruga, atrás apenas do Kashima Antlers.

Bola de lixo. Alan. Um dos destaques da Chapecoense, o lateral-esquerdo tomou gancho de seis meses por doping - hidroclorotiazida, diurético que mascara o uso de substâncias proibidas. Estava na mira de Corinthians e Inter.

Bola sete. "Lembrei que 10 anos atrás havia feito um gol muito importante e queria repetir. Quando a bola foi para escanteio, não pensei duas vezes. Fui na fé e consegui um gol muito importante" (do carrasco Lauro, o goleiro mais odiado pelos rubro-negros).

Dúvida pertinente. M1to x Ney Franco: cama de gato ou insensato coração?