Foto: Marcelo Cortes

Um passo para conquistar o Continente. O torcedor flamenguista nunca esperou tanto um dia, como o próximo sábado (23) onde a equipe jogará em Lima, no Peru, querendo conquistar o seu segundo título da Copa Libertadores da América. Mais do que ansiosos, o rubro-negro está mais otimista do que nunca. Tudo isso se deve ao momento que o time vem vivendo. Mas atenção é sempre bom, já que o River Plate é o atual campeão da competição, venceu também em 2015, chegou na semifinal do ano passado e tem um currículo de 4 taças levantadas como o soberano da América.



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Primeiro de tudo, vamos ao que importa, o momento flamenguista. O time é o atual líder da competição com 81 pontos, o maior número de pontos de uma edição do Campeonato Brasileiro na era dos pontos corridos e com 4 rodadas para ser disputadas ainda. Conta com um quarteto infernal: Gabigol, Bruno Henrique, Arrascaeta e Everton Ribeiro. Juntos, eles são responsáveis por mais das metades dos gols rubro-negro. Desses quatros, um jogador que está num momento mais do que especial. Gabriel Barbosa, o Gabigol, hoje é artilheiro da Libertadores (7), do Brasileirão (22) e do país (38). Tudo isso sob o comando de Jorge Jesus que vem encantando não só a torcida, mas o povo brasileiro, os comentaristas esportivos e todos os amantes do bom futebol. Eu duvido você me dizer que não está otimista também.

A menos de uma semana da tão esperada final, o comandante resolveu poupar alguns jogadores contra o Grêmio na 33° rodada do Brasileirão. Apenas Gabigol, Arrascaeta e Diego Alves estiveram em campo. O uruguaio foi uma ótima notícia para o treinador, recuperado de um entorse no joelho ,precisava de ritmo de jogo antes da decisão, e mostrou que já esta preparado para sábado. Junto com Gabigol, foram responsáveis pela criação de jogadas de ataque do time que contava com um bom número de reservas em campo e os dois se saíram muito bem. Arrascaeta mostrou que está pronto para batalha em Lima.

Outro ponto a se destacar é o formato que o time de Renato Gaúcho jogou, é semelhante ao do River. A equipe gaúcha atua com dois atacantes mais agudos, Luciano e Tardelli, assim como os argentinos, que utilizam Borré e Matías Suárez dentro da área. O setor defensivo, mesmo sendo o reserva, se saiu muito bem na marcação durante a partida. Mais do que encaixe defensivo, o Flamengo precisará de equilíbrio emocional e que o trio Everton Ribeiro-Arrascaeta-Bruno Henrique faça o que sabe para conseguir controlar o jogo.

Não podemos menosprezar o outro lado da história como dissemos no início da matéria. O time argentino vem de uma crescente muito grande nos últimos anos e não para de subir. Toda essa ascensão tem um nome: Marcelo Gallardo. Em 2011 o River viveu seu pior momento de toda sua história, foi rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Argentino. Voltaram a elite em 2013 mas seria muito difícil voltar a ser um grande em tão pouco tempo. Gallardo chegou ao River Plate em 2014, após treinar o Nacional do Uruguai, e foi totalmente contra os números e as expectativas. De 2014 pra cá, o treinador venceu somente (quanto tempo vocês tem aí?): Copa Sul-Americana: 2014, Recopa Sul-Americana: 2015, 2016, 2019, Supercopa Euroamericana: 2015, Copa Libertadores da América: 2015, 2018, Copa Suruga Bank: 2015, Copa Argentina: 2015–16, 2016–17, Supercopa Argentina: 2017. Podemos dizer que é o maior treinador da história do clube argentino.

O jogo do ano, não pode ser nomeado diferente. A arte e o futebol vistoso do Flamengo contra a soberania e história do River Plate. Dois times que estão em crescente e prometem dominar o cenário do continente nos próximos anos. O Flamengo tem o bom momento, o elenco, o treinador e a maior torcida do país ao seu favor. Se jogar o que nós sabemos que esse time, que vai ficar marcado na história do clube, sabe jogar, retornar ao Brasil com o título continental não pode ser mais um sonho e sim uma realidade. O do Brasileirão é apenas uma questão de tempo.



O Flamengo conquista a Libertadores?

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