Sem espaço no time titular e acompanhando do banco de reservas a boa fase de Marcelo Moreno, Hernane voltou ao Flamengo na última semana após a contusão do atacante titular. Sem o mesmo prestígio do boliviano – e do início do ano –, o jogador enfrentou a resistência da torcida e a “sombra” daquela que foi a principal contratação rubro-negra na janela de transferências.

No entanto, com a personalidade de quem tem os melhores números do time em 2013, o “Brocador”, como o jogador é chamado pela torcida, ignorou a desconfiança, marcou dois gols no último fim de semana e manteve o posto de artilheiro do clube na temporada.

Com uma finalização de letra e outra após lance confuso dentro da área, Hernane alcançou a marca de 18 gols no ano e ainda ajudou o Flamengo a garantir a vitória por 3 a 2 no clássico contra o Fluminense. Além disso, o atacante ainda deu uma assistência para Elias no lance que abriu o placar.

"Eu respeito muito o Marcelo Moreno e a opção do treinador de ficar no banco algumas vezes. Mas quando entro quero mostrar meu trabalho e repetir o que vinha fazendo. Posso não ser o melhor jogador, o mais técnico, mas estou buscando sempre deixar minha marca. Centroavante não precisa ser craque, mas sim fazer gols. Estou fazendo isso", disse o confiante atacante.

E a manutenção da boa fase de Hernane tem o apoio de Mano Menezes. Mesmo optando por manter o atacante no banco em inúmeros jogos e promovendo Marcelo Moreno, o técnico do Flamengo revelou uma conversa com o “Brocador” onde pediu que o mesmo não perdesse a confiança.

“No jogo do quarta [passada, contra a Portuguesa], a torcida não teve paciência por conta de alguns gols que ele perdeu. Mas só perde quem está lá. E nós sabemos da qualidade dele. Conversei com o Hernane após o jogo lá em Brasília, pedi que ele levantasse a cabeça e ele entendeu bem”, contou o treinador.

“Ele mostrou no clássico [contra o Fluminense] que merece a confiança de todos, elenco, comissão técnica e torcida. É um jogador importantíssimo no grupo. Ninguém faz tantos gols por acaso”, exaltou Mano Menezes.