Torcida e aliados políticos se irritam com discurso de elitização do Fla

14/8/2013 08:46

Torcida e aliados políticos se irritam com discurso de elitização do Fla

Torcida e aliados políticos se irritam com discurso de elitização do Fla
Após alguns meses de polêmicas por conta dos altos preços de ingressos cobrados nas partidas em Brasília e no Maracanã, o Flamengo assumiu abertamente o discurso de elitização do público nas novas arenas. Com o argumento de que precisa lucrar com bilheteria para amenizar as dificuldades financeiras, a diretoria não esconde mais a decisão de deixar as camadas populares longe das arquibancadas.

E tal decisão não repercutiu bem na Gávea. A declaração do vice presidente de marketing do clube, Luis Eduardo Baptista, afirmando que o Flamengo “não vai viver dos pobres, jogar um futebol pobre e ser um time pobre, porque o negócio futebol mudou”, em entrevista ao jornal O Globo, irritou torcedores e importantes aliados na política interna rubro-negra.

O discurso que defende um novo público nos modernos estádios em nome do alto lucro com bilheterias provocou uma enxurrada de críticas. “Não concordo com essa posição. É um discurso infeliz. As camadas populares sempre fizeram parte da história do Flamengo”, defendeu o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Delair Dumbrosk.

“O Flamengo não pode, em hipótese alguma, assumir um discurso desses. É uma falta de respeito com o torcedor e sua própria história. O Flamengo é uma nação justamente por conta deste povo humilde. Entendemos a situação das finanças, mas a camada popular da torcida não pode pagar este preço. Poderiam cortar o salário de R$ 500 mil do Carlos Eduardo, que não faz nada em campo e não disse ainda o motivo de tanto investimento. Isso, sim, seria uma boa economia, ajudaria as finanças”, endossou o conselheiro Marcelo Tijollo, aliado da diretoria e um dos principais entusiastas do grupo que assumiu o comando do rubro-negro no início de 2013.

“Quando resolvemos apoiar esta diretoria não sabíamos deste massacre que fariam com a torcida. Isto é um absurdo. Não sou oposição e nem vou fazer campanha contra, mas temos que cobrar. Isto não está certo. Não podemos aceitar calados. Respeito o trabalho deste grupo de empresários notáveis, mas nas grandes universidades que eles estudaram não se ensina este sentimento. Eles precisam conhecer um pouco mais a história do Flamengo. Falta bom senso”, atacou Tijollo.

Procurado pela reportagem para comentar a repercussão do discurso adotado, o presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, minimizou a polêmica e procurou evitar falar em elitização. Ainda assim, reforçou a ideia de que o clube não terá ingressos populares em um curto espaço de tempo.

“As pessoas estão tirando algumas conclusões erradas. Nós pensamos, sim, nas camadas populares, mas temos que lembrar também da situação financeira do clube. Não podemos colocar ingressos a R$ 5 e querer pagar salários no dia 5 [data limite de cada mês]. Precisamos faturar”, ressaltou Bandeira.

“Se alguém tiver alguma solução para viabilizar ingressos populares sem perder faturamento, queremos escutar. Queremos ideias e podemos pensar nisso lá na frente se tivermos algum investidor para bancar isso. Nossa preocupação é se esse ingresso popular chegaria às mãos de pessoas humildes. Não podemos comercializar ingressos baratos e ficar tudo na mão de cambistas. Por isso não vendemos assim. Temos que elevar o preço. A situação hoje pede isso”, defendeu o presidente do Flamengo.

E em meio ao debate, ainda não há uma equação exata que mostre em números quem estaria certo na discussão. Enquanto a diretoria defende suas ideias com o faturamento milionário em alguns jogos de grande público, torcedores e aliados defendem que o Flamengo perdeu sua essência nas arquibancadas. Além disso, argumentam que este preço afastará o público aos poucos, diminuindo também o lucro dos primeiros jogos.

Na última quarta, com ingressos mais baratos a R$ 120, o clube já começou a sentir este efeito. Com o estádio Mané Garrincha vazio, o Flamengo não repetiu o saldo positivo de outros jogos no local e teve pouco mais de R$ 200 mil de lucro. A situação aumentou o debate, que só deve crescer e esquentar nos próximos jogos.

912 visitas - Fonte: Uol


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